Agravos agudos de saúde de bebês prematuros moderados e tardios no período neonatal
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4156Palavras-chave:
Recém-nascidos prematuros; Doença aguda; Epidemiologia; Enfermagem neonatal.Resumo
Objetivo: Analisar o desenvolvimento de agravos agudos de saúde em bebês prematuros moderados e tardios no primeiro mês de vida. Método: Estudo transversal/epidemiológico com abordagem quantitativa com 123 recém-nascidos (RN) prematuros moderados e tardios em um hospital na região sul do Brasil. As variáveis obstétricas, neonatais e socioeconômicas foram coletadas durante a internação hospitalar, já o instrumento sobre os agravos agudos de saúde foi aplicado ao final do primeiro mês de vida por contato telefônico. Para a análise foram utilizados testes de comparação de frequência entre as variáveis dependentes e o desfecho (Qui-Quadrado e Fisher). Considerou-se associação estatística significativo valor p menor ou igual a 5% (p≤0,05). Resultados: A partir das análises dos dados de 123 RN foi identificada a ocorrência de, no mínimo, um agravo de saúde em 96,7% dos prematuros. O vômito se apresentou com o agravo de saúde mais frequente. O desenvolvimento de agravos agudos a saúde, principalmente respiratórios, ao final do período neonatal apresentou associação com: peso ao nascer, Apgar 1º min <7 e Apgar 5º min <7, necessidade de reanimação neonatal, internação em terapia intensiva, tipo de dieta, além de associações com as características socioeconômicas dos pacientes. Conclusão: Fatores neonatais de risco e vulnerabilidade, estão associados ao desenvolvimento de agravos agudos respiratórios no primeiro mês de vida em RN prematuros moderados e tardios, suscitando maior atenção no acompanhamento do grupo estudado.
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