Influência da hiperglicemia maternal nas filhas e netas de ratas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i6.41798Palavras-chave:
Diabetes; Ratos; Resultados reprodutivos; Feto; Gravidez.Resumo
Este estudo teve como objetivo avaliar a influência do diabete materno no desempenho reprodutivo de suas filhas adultas na prenhez a termo em ratas. O Comitê de ética local aprovou todos os protocolos do estudo. A prole feminina adulta de mães não diabéticas (controle – FC) e diabete moderada (FD) foram submetidas a acasalamento com machos saudáveis para análise dos resultados reprodutivos. No 17º dia de gestação, ambos os grupos foram submetidos a um teste oral de tolerância à glicose (TOTG) para avaliação da tolerância à glicose e, ao final de prenhez, as ratas foram anestesiadas para laparotomia e exposição dos órgãos maternos. Os cornos uterinos, ovários, fetos e placentas foram pesados para classificação do peso fetal e eficiência placentária. P<0,05 foi considerado o limite estatisticamente significativo, e a correlação de Pearson foi usada. A maior glicemia materna em jejum correlacionou-se com o menor número de fetos vivos e, consequentemente, com menor peso da ninhada. Assim, a glicemia de jejum materna durante a gravidez é um biomarcador relevante relacionado ao comprometimento do resultado reprodutivo de filhas de ratas. Além disso, esses achados mostram os efeitos prejudiciais da programação fetal induzida pelo diabete materno na idade adulta da geração sucessiva.
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