Produção e caracterização da farinha de resíduos de tambaqui (Colossoma macropomum) e babão (Brachyplatystoma platynema) no sul do Amazonas, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i6.41948Palavras-chave:
Farinha de peixe; Resíduos de peixe; Sustentabilidade.Resumo
A piscicultura é uma atividade que traz muitos benefícios econômicos e sociais para o Brasil, porém gera grandes volumes de resíduos no processamento do pescado e o manejo inadequado desses resíduos é um problema ambiental preocupante. Por outro lado, esses resíduos são uma fonte econômica de proteínas e outros nutrientes, o que permite sua utilização na obtenção de subprodutos, como no preparo de farinhas que podem ser incluídas na alimentação animal desde que processadas corretamente. Portanto, este estudo objetivou avaliar e comparar o potencial de produção de farinha obtida a partir de resíduos de tambaqui e babão utilizando dois tratamentos: produção de farinha com cozimento (T1) e produção de farinha sem cozimento (T2). Os rendimentos da farinha obtida a partir dos resíduos dos diferentes tratamentos foram de 13,5% e 18,0% para o babão, 12,4% e 18,0% para o tambaqui (T1 e T2, respectivamente). Os maiores teores de proteína foram observados nas farinhas obtidas com resíduos de tambaqui. As análises microbiológicas mostraram a ausência de Salmonella spp nas amostras de farinha, atendendo à legislação vigente. Conclui-se, com base no presente estudo, que as farinhas obtidas atendem aos padrões pré-estabelecidos de proteína bruta e umidade, adequando-se aos critérios estabelecidos pelo RIISPOA para farinhas de segunda qualidade. Além disso, essas farinhas representam uma alternativa promissora para o reaproveitamento de resíduos de pescado, os quais, frequentemente, são descartados de forma inadequada no meio ambiente, ocasionando impactos negativos significativos.
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