Baby blues e suas implicações na saúde psíquica da mulher: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i6.41977Palavras-chave:
Saúde mental; Período pós-parto; Transtornos puerperais; Relação mãe-filho; Maternal blues.Resumo
Este estudo teve como objetivo geral apresentar as alterações na saúde psíquica da mulher no baby blues. Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa da literatura científica, de natureza qualitativa e exploratória, que busca analisar os estudos sobre o baby blues e suas implicações na saúde psíquica da mulher. A pesquisa foi realizada por meio do uso das bases de dados SciELO, Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e National Library of Medicine National Institutes of Health (PubMed). A amostra final foi formada por 11 artigos indexados nas 3 bases de dados descritas. Os estudos preencheram todos os critérios de inclusão empregados no processo de validação da pesquisa bibliográfica. O blues pós-parto está no subgrupo F53 do CID-10, sendo marcado clinicamente por um padrão de humor instável, oscilando entre felicidade e tristeza, sensibilidade excessiva, choro sem motivo, inquietação, fraqueza de concentração, ansiedade, irritabilidade e raiva. Casos negligenciados podem progredir para a depressão pós-parto e a psicose, contribuindo assim para o aumento da ideação suicida e consequente elevação nas taxas de mortalidade materna. Conclui-se que há uma escassa produção de estudos acerca dos impactos do maternal blues na saúde psíquica da mulher. Portanto, são necessários novos estudos envolvendo puérperas, a fim de obter maiores informações quanto às repercussões psíquicas do baby blues na mulher, bem como possibilitar o planejamento de ações preventivas ainda durante o período gestacional.
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