Perfil epidemiológico das principais etiologias de fraturas pediátricas e análise comparativa entre o período pandêmico em um hospital do oeste do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i6.41987Palavras-chave:
Fratura; Epidemiologia; Criança; COVID-19.Resumo
Objetivo: Elucidar os principais mecanismos de trauma ortopédico com fraturas em pacientes de 0 a 12 anos atendidas no pronto socorro pediátrico em um hospital do oeste do Paraná. Método: Estudo quantitativo epidemiológico, observacional; descritivo; retrospectivo a partir da coleta e análise de dados dos prontuários (352) de atendimentos no pronto socorro pediátrico entre janeiro de 2019 a dezembro de 2020. Foram excluídos da análise os pacientes que não obtiveram o diagnóstico de fratura (193). Resultados: Da amostragem de 159 prontuários analisados, o sexo biológico prevalente foi o masculino (52,5%). Acerca da idade, a faixa etária de maior relevância constitui-se no intervalo de 2 – 5 anos (49,3%), sendo o pico etário de 5 anos (15,8%). Quanto a classificação das fraturas, 71,4% mostraram-se completas e 82,3% geradas por trauma direto, sendo os membros superiores os mais acometidos (84,8%), predominantemente no hemicorpo esquerdo (55,7%). O osso mais atingido foi o rádio (39,2%) e o mecanismo de trauma mais frequente a queda de mesmo nível (48,5%), sendo a queda de bicicleta de maior relevância (10,1%). Secundariamente, a queda de plano elevado mostrou-se significativa, caracterizando 32,2% dos casos, das quais a queda de cama foi a prevalente, retratando 23,1%. Ademais, no que se refere a escolha do método terapêutico, o tratamento conversador foi prevalente em 75% das ocorrências. Conclusão: Estudos como o presente, apresentam informações importantes para medidas preventivas às crianças, através de políticas de promoção à saúde e prevenção de acidentes que provoquem danos ou sequelas nesta população.
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