O Prêmio Nobel de Fisiologia de 1977: Uma revisão da literatura sobre a Técnica de Radioimunoensaio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i6.42090

Palavras-chave:

Radioimunoensaio; Nobel; Fisiologia; Insulina.

Resumo

O primeiro estudo sobre radioimunoensaio (RIA) foi publicado em 1960 por 2 cientistas, que criaram este novo método para quantificar a insulina humana, em uma época em que os estudos sobre a diabetes e a sua fisiopatologia começavam a se destacar. Anos mais tarde, por sua grande relevância para o meio científico, tal trabalho foi agraciado com o Prêmio Nobel de Fisiologia em 1977. Assim, o presente estudo visa expor o contexto histórico da descoberta, os estudos iniciais sobre doenças cuja origem imunológica ainda era desconhecida, o início das técnicas de radioimunoensaio e seus potenciais benefícios e efeitos para a ciência. Para tanto, foi realizada uma revisão narrativa da literatura nas bases de dados PubMed, Scielo e Google Acadêmico, a fim de encontrar as bases teóricas que fundamentam o objetivo do presente estudo. O estudo revelou que através do uso de radioisótopos para marcação de insulina e o uso de anticorpos provenientes de animais, foi possível quantificar hormônios de baixas concentrações sanguíneas, baseado no gráfico da proporção entre insulina marcada livre e insulina combinada com anticorpos Essa invenção se tornou ferramenta no entendimento da fisiopatologia de muitas outras doenças, embora por outro lado apresenta seus riscos por envolver material radioativo e por hoje estar em desuso devido a criação de métodos como o ELISA. Conclui-se que devido a importância histórica e científica do RIA, tal método mostrou ser digno do prêmio de maior renome científico do mundo.

Referências

Abbas, A. K. & Aster, J. C. (2016). Robbins & Cotran Patologia - Bases Patológicas das Doenças (9a ed.), Elsevier.

Alhajj, M. & Farhana A. (2023). Enzyme Linked Immunosorbent Assay. StatPearl [Internet]. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK555922/

Banday, M. Z., Sameer, A. S. & Nissan, S. (2020). Pathophysiology of diabetes: An overview. Avicenna J Med., 10 (4), 174–188.

Blumenthal, S. (2009). The insulin immunoassay after 50 years: a reassessment. Perspect Biol Med., 52 (3), 343-354.

Friedman, A. (2002). Remembrance: The Berson and Yalow Saga. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism., 87(5), 1925-1928.

Froesch, E. R. & Zapf, J. (1985). Insulin-like growth factors and insulin: comparative aspects. Diabetologia, 28, 485-493.

Galicia-Garcia, U., Benito-Vicente, A., Jebari, S., Larrea-Sebal, A., Siddiqi, H., Uribe, K. B., Ostolaza, H. & Martin,C. (2020). Pathophysiology of Type 2 Diabetes Mellitus. Int J Mol Sci., 21 (17), 6275.

Greenlee, C., Burmeister, L. A., Butler, R.S., Edinboro, C. H., Morrison, S. M. & Milas, M. (2011). Current safety practices relating to I-131 administration for diseases of the thyroid: a survey of physicians and allied practitioners. Thyroid., 21(2), 151-160.

Guyton, A. C. & Hall, J. E. (2017). Livro Tratado de Fisiologia Médica. (13a ed.), Elsevier.

Hoeven, A. E., Waaij, K., Bijlenga, D., Roelandse, F. W., Overeem, S., Bakker, J. A., Fronczek, R. & Lammers, G. J. (2022). Hypocretin-1 measurements in cerebrospinal fluid using radioimmunoassay: within and between assay reliability and limit of quantification. Sleep., 45(7).

Kahn, C. R. & Roth, J. (2004). Berson, Yalow, and the JCI: the agony and the ecstasy. J Clin Invest., 114(8), 1051–1054.

Kahn, C.R. & Roth, J. (2012). Rosalyn Sussman Yalow (1921–2011). Proc Natl Acad Sci U S A., 109 (3), 669–670.

Lin, A. V. (2015). Direct ELISA. Methods Mol Biol., 1318:61-7.

Minella, L. S. (2017). No trono da ciência I: Mulheres no Nobel da Fisiologia ou Medicina (1947-1988). Cad. Pesqui, 47(163), 70-93.

Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J. & Shitsuka, R. (2018). Methodology of scientific research. UFSM https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1

Piya, A. & Michels, A. W. (2012). Understanding the Immunology of Type 1 Diabetes— An Overview of Current Knowledge and Perspectives for the Future. US Endocrinology., 8(1), 70-74.

Rahman, S., Hossain, K. S., Das, S., Kundu, S., Adegoke, E. O., Rahman, A., Hannan, A., Uddin, J. & Pang, M. (2021). Role of Insulin in Health and Disease: An Update. Int J Mol Sci., 22 (12), 6403.

Sakamoto, S., Putalun, W., Vimolmangkang, S., Phoolcharoen, W., Shoyama, Y., Tanaka, H. & Morimoto, S. (2018). Enzyme-linked immunosorbent assay for the quantitative/qualitative analysis of plant secondary metabolites. J Nat Med., 72 (1), 32–42.

Stretton, A. O. (2002). The first sequence: Fred Sanger and insulin. Genetics., 162 (2), 527-532.

Vecchio, I., Tornali, C., Bragazzi, N. L. & Martini, M. (2018). The Discovery of Insulin: An Important Milestone in the History of Medicine. Front Endocrinol (Lausanne)., 9: 613.

Wheeler, M. J. (2013). A short history of hormone measurement. Methods Mol Biol., 1065, 1-6.

WHO. (1976). The enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA). Bull World Health Organ., 54 (2), 129–139.

Wu, Z. (2022). Effect of Radioimmunoassay on Accuracy of Thyroid Hormone Detection. Contrast Media Mol Imaging. 2022: 9206079.

Yalow, R. S. & Berson, S. A. (1960). Immunoassay of endogenous plasma insulin in man. J Clin Invest., 39 (7), 1157–1175.

Zárate, A. & Manuel, L. (2011). Development of radioimmunoassay and its consequences in the medical research. A tribute to Rosalyn Yallow. Rev Med Inst Mex Seguro Soc., 49 (5), 465-468.

Downloads

Publicado

15/06/2023

Como Citar

CARVALHO, M. dos S. do N. .; COSTA, A. S. de L. .; SANTANA, A. V. A. .; BATISTA, R. S. de L. .; MESQUITA NETO, F. P. de .; LIMA, J. C. de .; CABRAL, A. B. . O Prêmio Nobel de Fisiologia de 1977: Uma revisão da literatura sobre a Técnica de Radioimunoensaio. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 6, p. e14712642090, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i6.42090. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/42090. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde