Ensino da Língua Brasileira de Sinais para o curso de odontologia na região nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4232Palavras-chave:
Linguagem de sinais; Instituições Acadêmicas; Inclusão Educacional; Odontologia.Resumo
O objetivo desse trabalho foi analisar a presença da disciplina de Língua Brasileiras de Sinais (Libras) nos cursos de odontologia da região nordeste do Brasil. Este estudo foi do tipo transversal e descritivo, com coleta de dados disponíveis no site do Ministério da Educação (MEC) e do Conselho Federal de Odontologia (CFO). Foram incluídas todas as universidades da região nordeste do Brasil que oferecem o curso de odontologia e estavam cadastradas no MEC ou no CFO, e foram excluídas as instituições que não apresentavam os componentes curriculares nos seus respectivos sites. O universo da pesquisa foi de 147 universidades, entretanto após os critérios de inclusão e exclusão obteve-se uma amostra de 114 faculdades. As informações foram registradas no programa de informática Statistical Package for Social Sciences (SPSS) para Windows, versão 20.0, e trabalhadas pela estatística descritiva. Das 114 instituições consultadas, 71 (62,28%) apresentaram a disciplina de libras, sendo 60 (84,51%) em universidade particular e as outras 11 (15,49%) em universidade pública, além disso, 66 (92,95%) são do tipo optativa e apenas 5 (7,05%) são do tipo obrigatória, com cargas horárias semestrais que variam de 20hrs a 80hrs em alguns estados. Desse modo, pode-se concluir que uma parcela significativa das instituições de ensino superior da região nordeste não possui libras na grade curricular do curso de odontologia, o que pode levar à dificuldade na comunicação com pacientes surdos.
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