Impacto da dor e da fadiga no desempenho ocupacional de clientes com artrite reumatoide na Atenção Básica no Rio de Janeiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4243

Palavras-chave:

Artrite reumatoide; Terapia ocupacional; Conservação de energia.

Resumo

Objetivo: identificar o impacto da artrite reumatoide no desempenho ocupacional nas atividades da vida diária e instrumentais de vida diária e na qualidade de vida do seu portador, além de comprovar a sua percepção sobre as atividades que causam aumento de dor e fadiga quando as realiza. Método: optou-se pelo método cartográfico pela sua dimensão quanti- qualitativa. O estudo foi realizado no município do Rio de Janeiro, na Rede Municipal de Atenção Básica à Saúde e se utilizou-se para coleta de dados a Avaliação da Capacidade Funcional, o  Questionário- Autoeficácia da Dor  e o Questionário de Qualidade de Vida- SF-36A. Resultados: Participaram da pesquisa 10 portadores de artrite reumatoide e foi identificado que esta enfermidade possui grande impacto sobre a capacidade funcional e a qualidade de vida dos clientes gerando múltiplos complicadores para o desempenho ocupacional das atividades rotineiras, de trabalho e lazer, que afeta a realização das Atividades da Vida diária vinculadas ao autocuidado, as Atividades Instrumentais da Vida diária, como fazer compras, usar telefone, cuidar da casa entre outras, além de diminuir sua capacidade laborativa ocasionando constantes afastamentos gerados pelas crises álgicas e pela fadiga. Conclusão: a abordagem terapêutica e educativa de Proteção Articular e Conservação de Energia corrobora para o maior controle dos sintomas da doença, previne os agravos como a instalação de deformidades nas articulações do punho, mãos e pés, auxiliando na melhora da qualidade de vida e capacidade funcional.

Referências

Alamanos Y, Voulgari PV & Drosos AA. (2006). Incidence and prevalence of rheumatoid rthritis, based on the 1987 American College of Rheumatology criteria: a systematic review. Semin Arthritis Rheum 36(3):182-8.

Barbosa BR, Alemida JM, Barbosa MR & Barbosa LARR. (2014). Avaliação da Capacidade Funcional dos idosos e fatores associados à incapacidade. Rev Ciênc saúde colet. 2014 Ago; 19 (8): 3317- 3325.

Bardin L. (2011). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Bombardier C, Barbieri M, Parthan A, Zack DJ, Walker V, Smolen JS & Macarios D. (2012). The relationship between joint damage and functional disability in rheumatoid arthritis: a systematic review. Ann Rheum Dis. 71(6):836-44

Carvalho, MGR; Noordhoek, J & Silva, MCO. (2006) Grupo de orientação a indivíduos acometidos por doenças reumáticas: espaço educativo e terapêutico. Revista Brasileira de Reumatologia. 46,(2),134-136.

Corbacho MI & Dapueto JJ. (2010). Avaliação da capacidade funcional e da qualidade de vida de pacientes com artrite reumatoide. Rev Bras Reumatol. 50 (1): 31-43

Cordeiro, JR. (2005). Validação da lista de identificação de papéis ocupacionais em pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) no Brasil [Validation of the Role Checklist for patients with chronic obstructive pulmonar disease]. Tese de mestrado. Universidade Federal de São Paulo, Brasil.

Costa AF, Brasil MAA, Papi JÁ & Azevedo MNL. (2008). Depressão, Ansiedade e Atividade de Doença na Artrite Reumatoide. Revista Brasileira de Reumatologia. 48(1):7-11

Gabriel SE. (2001). The epidemiology of rheumatoid arthritis. Rheum Dis Clin North Am 27:269–81.

Goeldner,I; Skare,TL; Reason, IT & Utiyama,SRR . (2011). Artrite Reumatoide: uma visão atual. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial.47(5).495-503.

Kastrup, Virgínia. (2007). O funcionamento da atenção no trabalho do cartógrafo. Psicologia & Sociedade, 19 (1), 15-22.

Laguardia, J., Campos, M.R., Travassos, C., Najar, A.L., Anjos, L.A. & Vasconcellos, M.M. (2013). Dados normativos brasileiros do questionário Short Form -36 versão 2.Rev Bras Epidemiol. 16 (4): 889-97

Luz, KR; Souza, DCC & Ciconelli, RM. (2007). Vacinação em Pacientes Imunossuprimidos e com Doenças Reumatológicas Auto-Imunes. Revista Brasileira de Reumatologia.47 (2) 106-113.

Minayo MCS. (2006). O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 9ª ed. São Paulo: Hucitec.

Moreira, AB. (2017). Terapia ocupacional: história crítica e abordagens territoriais/comunitárias. Vita et Sanitas. 2(1)79-91.

Mota LMH, Cruz BA, Brenol CV, Pereira IA, Fronza LSR, Bertolo MB, Freitas, V.C.; Silva, N.A.; Louzada-Junior, P.; Rina Giorgi D. N; Lima, R. A.C & Pinheiro. G.R.C (2011). Consenso da Sociedade Brasileira de Reumatologia para o diagnóstico e avaliação inicial da artrite reumatoide. Rev Bras Reumatol. 51(3):207-19

Mota, LMH; Laurindo, IMM; Neto, LL. (2010) Características demográficas e clínicas de uma coorte de pacientes com artrite reumatoide inicial. Revista Brasileira de Reumatologia, 50(3)235-248.

Nordhoek, J; Loschiavo, F. (2005). ntervenção da Terapia Ocupacional no tratamento de indivíduos com doenças reumáticas utilizando a abordagem da proteção articular. Revista Brasileira de Reumatologia. 45 (4), 242-244.

Occupational Therapy Practice – AOTA - (2008). Framework: Domain & Process. 2nd. The American Journal of Occupational Therapy, 62(6)625-683.

Passos E, Kastrup V & Escóssia (2009). L. Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Editora Sulina.

Roma I, Almeida ML, Mansano NS, Viani GA, Assis MR & Barbosa PMK. (2014) Qualidade de vida de pacientes adultos e idosos com artrite reumatoide. Revista Brasileira de Reumatologia. 54(4):279–286.

Rupp I, Boshuizen HC, Jacobi CE, Dinant HJ & Van den Bos G. (2004). Comorbidity in patients with rheumatoid arthritis: effect on health-related quality of life. J Rheumatol 31:58-65

Salvetti M & Pimenta, C. (2005). Chronic Pain Self-Efficacy Scale portuguese validation. Rev de Psiquia Clínica. 32 (4): 202-210.

Santag I, Sousa D, Dario AB, Ribeiro GG, Domenech SC, Junior NGB & Gevaerd MS. (2017). Estado de humor na Artrite Reumatoide. ConScientiae Saúde.16 (3): 327-334.

Schnornberger CM, Jorge MSG & Wibelinger LM. (2007). Intervenção fisioterapêutica na dor e na qualidade de vida em mulheres com artrite reumatoide. Relato de casos. Rev Dor. 8 (8): 365-69.

Schoels M, Wong J, Scott DL, Zink A, Richards P, Landewé R, Smolen JS & Aletaha D (2010). Economic aspects of treatment options in rheumatoid arthritis: a systematic literature review informing the EULAR recommendations for the management of rheumatoid arthritis. Ann Rheum Dis. 69:995-1003

Tele saúde. (2017). Orientação de Artrite Reumatoide. TelessaúdeRS-UFRGS Porto Alegre https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/telecondutas/tc_artrite_reumatoide.pdf.

Ware JE, Kosinski M & Gandek B. (2003). SF-36 Health Survey: Manual & Interpretation Guide. Lincoln, RI: QualityMetric Incorporated.

Downloads

Publicado

28/05/2020

Como Citar

ARAUJO, J. C. de S.; SILVA, A. M. B. F. da; FIGUEIREDO, N. M. A. de; NOVAES, C. de O. Impacto da dor e da fadiga no desempenho ocupacional de clientes com artrite reumatoide na Atenção Básica no Rio de Janeiro. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e605974243, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4243. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4243. Acesso em: 28 set. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde