A forma mercadoria: compreensão da mercantilização da educação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i7.42435

Palavras-chave:

Mercadoria; Valor; Trabalho; Ensino de economia; Educação.

Resumo

Nas condições objetivas da sociedade mercantil-capitalista a forma mercadoria ou a torna-se a forma social das relações sociais de produção. Nesta sociabilidade, “a riqueza [...] aparece como uma imensa coleção de mercadorias”. Nestas circunstâncias, a questão central deste estudo é como o complexo da educação, nas condições objetivas da sociedade mercantil-capitalista, entra no processo de valorização do valor. Para tratar desta questão elegemos como objetivo geral explicitar, perspectivado pela economia política marxiana, como o complexo da educação assume a forma de mercadoria. E como objetivos específicos, descrever os elementos fundamentais da sociedade mercantil-capitalista: produtores privados e isolados, trabalho concreto e abstrato e o processo de troca; demonstrar a intercambialidade como a forma social das relações sociais de produção na sociedade mercantil-capitalista; explicitar os elementos constitutivos da mercadoria no complexo da educação: valor, valor de uso e valor de troca, trabalho concreto e abstrato. Para realização de nosso estudo lançaremos mão do pensamento de Marx e de interpretações feitas por diversos autores. Utilizaremos os pressupostos onto-metodológicos no desenvolvimento da pesquisa bibliográfica perspectivados pelo materialismo histórico-dialético.

Referências

Almeida, E. R. (2017). O papel da produção social na gênese, no desenvolvimento e no devir do gênero humano. Tese (doutorado) pós graduação em educação, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.

Belluzzo O, L. de M. (1980). Valor e capitalismo: um ensaio sobre a economia política. Brasiliense.

Carcanholo, R. (2011). Capital: essência e aparência. Vol. 1. Expressão Popular.

Carcanholo, R. (1982). Dialética de la mercancia y teoría del valor. Educa.

Ferro, K. & Almeida, E. (2022). O mal-estar da civilização de Sigmound Freud: uma análise ontológica a partir da categoria trabalho. Research, Society and Development, 11 (16). DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i16.37985.

Gonçalves, R. M. P., et al. (2019). O sentido ontológico do trabalho e o desenvolvimento das funções psicológicas superiores: considerações preliminares. Educação e Filosofia, 33, 925-957. https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.v33n68a2019-46626.

Grespan, J.L. (2012). O negativo do capital: o conceito de crise na crítica de Marx à economia política. Expressão Popular.

Harvey, D. (2013). Para entender o Capital. Boitempo Editorial.

Jappe, A. (2006). As aventuras da mercadoria; para uma nova crítica do valor. Portugal: Antígona.

Koffler, L. (2010). História e dialética. Ed. UFRJ.

Kosik, K. (1995). Dialética do concreto. Paz e Terra.

Lessa S. (2007). Para compreender a ontologia de Lukács. Edufal.

Lukács, G. (2020). A destruição da razão. Instituto Lukács.

Mandel, E. (1980). A formação do pensamento econômico de Karl Marx: de 1843 até a redação de O Capital. Rio de Janeiro: Zahar Editores.

Lukács, G. (2021). Para uma ontologia do ser social. Boitempo.

Lukács, G. (2020) Prolegômenos para uma ontologia do ser social. Boitempo Editorial.

Marx, K. (1987). A Miséria da Filosofia. Lisboa, Portugal: Editora Estampa.

Marx, K (1979). Crítica da Filosofia do Direito de Hegel - Introdução. In: Revista Temas de Ciências Humanas. Vol. II. Grijalbo.

Marx, K. (2011). Grundrisse. Boitempo Editorial.

Marx, K. (2004). Manuscritos econômico-filosóficos. Boitempo Editorial.

Marx, K. (2011) O capital. Boitempo Editorial.

Marx, K. & Engels, F. (2021). A ideologia alemã. Boitempo Editorial.

Marx, K & Engels, F. (2007). Manifesto do partido comunista. Boitempo.

Matana, C. & Iesen, S. A. L. (2021). Fundamentos psicanalíticos na construção da subjetividade na Psicose. Research, Society and Development, 10 (10). https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.18738.

Mendes Segundo, M. das D. & Rabelo, J. (2004). Marx e o fetichismo da mercadoria: notas a respeito do primeiro capítulo do livro I d´O Capital. In: Jimenez, S. & Rabelo, J. (Orgs). Trabalho, educação e luta de classes: a pesquisa em defesa da história. Brasil Tropical.

Mészaros, I. (2006). A teoria da alienação em Marx. Boitempo Editorial.

Mészaros, I. (2004). O poder da Ideologia. São Paulo: Boitempo Editorial.

Mészaros, I. (2005). A educação para além do capital. Boitempo.

Mészaros, I. (2009). A crise estrutural do capital. Boitempo.

Mészaros, I. (2007). O desafio e o fardo do tempo histórico. Boitempo.

Mészaros, I. (2011). Para além do capital. Boitempo.

Mészaros, I. (2021). O século XXI: socialismo ou barbárie? Boitempo Editorial.

Mészaros, I. (2006). A teoria da alienação em Marx. Boitempo.

Mészaros, I. (2008). Filosofia, ideologia e ciência social. Boitempo.

Paulo Netto, J. (2011). Introdução ao estudo do método de Marx. Ed. Expressão Popular.

Rosdolsky, R. (2001). Gênese e estrutura do capital de Karl Marx. Contraponto.

Rossi, R. (2020). Espaço, Totalidade e Método. Sociedade & Natureza, 32, 578-585. https://doi.org/10.14393/SN-v32-2020-48456.

Rubin, I. (1980). A teoria do valor em Marx. Brasiliense.

Rumiantsev, A. (1980). Economia Política: capitalismo. Traducción al espanõl. Editora Progresso.

Tonet, I. (2016). Método Científico: uma abordagem ontológica. Ed. Coletivo Veredas.

Tonet, I (2007). Educação contra o capital. Edufal.

Tonet, I. (2005). Educação, Cidadania e Emancipação Humana. Unijuí.

Downloads

Publicado

08/07/2023

Como Citar

FERRO, K. Érika F. .; ALMEIDA, E. R. . A forma mercadoria: compreensão da mercantilização da educação . Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 7, p. e2012742435, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i7.42435. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/42435. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais