A forma mercadoria: compreensão da mercantilização da educação
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i7.42435Palavras-chave:
Mercadoria; Valor; Trabalho; Ensino de economia; Educação.Resumo
Nas condições objetivas da sociedade mercantil-capitalista a forma mercadoria ou a torna-se a forma social das relações sociais de produção. Nesta sociabilidade, “a riqueza [...] aparece como uma imensa coleção de mercadorias”. Nestas circunstâncias, a questão central deste estudo é como o complexo da educação, nas condições objetivas da sociedade mercantil-capitalista, entra no processo de valorização do valor. Para tratar desta questão elegemos como objetivo geral explicitar, perspectivado pela economia política marxiana, como o complexo da educação assume a forma de mercadoria. E como objetivos específicos, descrever os elementos fundamentais da sociedade mercantil-capitalista: produtores privados e isolados, trabalho concreto e abstrato e o processo de troca; demonstrar a intercambialidade como a forma social das relações sociais de produção na sociedade mercantil-capitalista; explicitar os elementos constitutivos da mercadoria no complexo da educação: valor, valor de uso e valor de troca, trabalho concreto e abstrato. Para realização de nosso estudo lançaremos mão do pensamento de Marx e de interpretações feitas por diversos autores. Utilizaremos os pressupostos onto-metodológicos no desenvolvimento da pesquisa bibliográfica perspectivados pelo materialismo histórico-dialético.
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