Perfil epidemiológico da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Universitário do Oeste do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i7.42496Palavras-chave:
Perfil epidemiológico; Unidades de terapia intensiva pediátrica; Admissão do paciente.Resumo
Introdução: A gestão de uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) depende da análise das principais demandas do setor e da caracterização das internações. O estudo epidemiológico visa favorecer o prognóstico dos pacientes por meio da coleta de dados que sistematizam os principais acontecimentos nas unidades, possibilitando a elaboração de um planejamento eficaz de funcionamento, organização e adequação dos atendimentos. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes admitidos na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Universitário do Oeste do Paraná no período de um ano. Metodologia: Coleta e análise de dados de 162 internações no ano de 2021 por meio de prontuários eletrônicos. Todas as análises foram realizadas por meio do software XLSTAT® Versão 2014. Resultados: As doenças neurológicas foram mais prevalentes (50%), seguido pelas doenças respiratórias (31,48%); crianças menores de 1 ano foram estatisticamente mais frequentes; o tempo de permanência na unidade foi predominantemente de 1 a 2 dias; a oxigenoterapia foi utilizada em 77,78% das internações; 69,13% das internações necessitaram de ventilação mecânica invasiva; 87,04% não necessitaram de traqueostomia; 98,15% dos pacientes receberam atendimento fisioterapêutico; 89,51% dos pacientes tiveram alta da unidade. Considerações finais: O perfil epidemiológico traçado obteve resultados semelhantes aos de outras instituições. Destaca-se a importância da atenção primária nos programas destinados à saúde das crianças, considerando as internações de causas evitáveis. Os dados levantados poderão auxiliar na realização de novos estudos epidemiológicos relevantes para a capacitação das UTIP e tratamento adequado das crianças admitidas.
Referências
Alves, M. J. F., Alves, M. V. M., & Bastos, H. D. (2000). Validação do uso de escores preditivos em uma unidade de terapia intensiva pediátrica do Brasil. Rev. bras. ter. intensiva, 36-43.
Alves, M. V. M. F. F., de Oliveira Bissiguini, P., Nitsche, M. J. T., Olbrich, S. R. L. R., Luppi, C. H. B., & Toso, L. A. R. (2014). Perfil dos pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva pediátrica de um hospital escola do interior de São Paulo. Ciência, Cuidado e Saúde, 13(2), 294-301.
Andrade, V. N. D., Amoretti, C. F., de Araújo Torreão, L., & Teixeira, I. (2016). Perfil das internações por causas respiratórias em duas unidades de terapia intensiva pediátricas em Salvador, Bahia. Revista Baiana de Saúde Pública, 40(1).
Batista, N. O. W., de Rezende Coelho, M. C., Trugilho, S. M., Pinasco, G. C., de Sousa Santos, E. F., & Ramos-Silva, V. (2015). Clinical-epidemiological profile of hospitalised patients in paediatric intensive care unit. Journal of Human Growth and Development, 25(2), 187-193.
Benetti, M. B., Weinmann, A. R. M., Jacobi, L. F., & Moraes, A. B. de. (2020). Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica: perfil das internações e mortalidade. Saúde (Santa Maria), 46(1). https://doi.org/10.5902/2236583440879
Caetano, J. D. R. D. M., Bordin, I. A. S., Puccini, R. F., & Peres, C. D. A. (2002). Fatores associados à internação hospitalar de crianças menores de cinco anos, São Paulo, SP. Revista de Saúde Pública, 36, 285-291.
Corullón, J. L. (2007). Perfil epidemiológico de uma UTI pediátrica no sul do Brasil.
Costa, C. M. S., Prazeres, J. S., Rolim, J. M., Forte, S. R., & De Aquino, D. M. C. (2009). Perfil epidemiológico dos pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva pediátrica, São Luiz, MA. Rev Hosp Universitário, 10(3), 61-66.
Costa, JI, Amaral, JLGD, Munechika, M., Juliano, Y., & Bezerra Filho, JG (1999). Gravidade e prognóstico em terapia intensiva: aplicação prospectiva do índice APACHE II. São Paulo Medical Journal , 117 , 205-214.
Cutulo, L. R. A., Furtado Junior, J. R., & Botelho, L. (1994). Perfil dos pacientes internados na unidade de terapia intensiva pediátrica do hospital infantil Joana de Gusmão no ano de 1993. ACM arq. catarin. med, 95-100.
Einloft, P. R., Garcia, P. C., Piva, J. P., Bruno, F., Kipper, D. J., & Fiori, R. M. (2002). Perfil epidemiológico de dezesseis anos de uma unidade de terapia intensiva pediátrica. Revista de Saúde Pública, 36, 728-733.
Estrela, C. (2018). Metodologia científica: ciência, ensino, pesquisa. Artes Médicas.
Ferlini, R., Pinheiro, F. O., Andreolio, C., Carvalho, P. R. A., & Piva, J. P. (2016). Características e evolução de crianças com bronquiolite viral aguda submetidas à ventilação mecânica. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 28, 55-61.
Freitas, C. M. D., Barcellos, C., Villela, D. A. M., Matta, G. C., Reis, L. C., Portela, M. C., ... & Mefano, I. V. (2022). Boletim Observatório FIocruz COVID-19: Boletim especial: balanço de dois anos da pandemia Covid-19: janeiro de 2020 a janeiro de 2022.
Johnston, C., Zanetti, N. M., Comaru, T., Ribeiro, S. N. D. S., Andrade, L. B. D., & Santos, S. L. L. D. (2012). I Recomendação brasileira de fisioterapia respiratória em unidade de terapia intensiva pediátrica e neonatal. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 24, 119-129.
Lanetzki, C. S., Oliveira, C. A. C. D., Bass, L. M., Abramovici, S., & Troster, E. J. (2012). O perfil epidemiológico do centro de terapia intensiva pediátrico do hospital Israelita Albert Einstein. Einstein (São Paulo), 10, 16-21.
Lopes, A. D., & da Cunha Dias, M. L. (2019). Perfil clínico-epidemiológico de pacientes com Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo em UTI pediátrica. Revista Cereus, 11(4), 44-57.
Marcin, J. P., Slonim, A. D., Pollack, M. M., & Ruttimann, U. E. (2001). Long-stay patients in the pediatric intensive care unit. Critical care medicine, 29(3), 652–657. https://doi.org/10.1097/00003246-200103000-00035
Martins, F. J., Beserra, N. C., & Barbosa, L. G. (2018). Perfil clínico e epidemiológico de crianças internadas por hidrocefalia num hospital municipal de São Paulo no periodo de 2014 a 2016. Revista Brasileira de Neurologia, 54(1), 1-7.
Mendonça, J. G. D., Guimarães, M. J. B., Mendonça, V. G. D., Portugal, J. L., & Mendonça, C. G. D. (2019). Perfil das internações em unidades de terapia intensiva pediátrica do sistema único de saúde no estado de Pernambuco, brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 24, 907-916.
Molina, R. C. M., Marcon, S. S., Uchimura, T. T., & Lopes, E. P. (2008). Caracterização das internações em uma unidade de terapia intensiva pediátrica, de um hospital-escola da região sul do Brasil. Ciência, Cuidado e Saúde, 7, 112-120.
Nicolau, M. V. (2014). Análise do perfil clínico-epidemiológico da unidade de terapia intensiva pediátrica de um hospital de referência.
Oliveira, A. M. D., Soares, G. A. D. M., Cardoso, T. F., Monteiro, B. S., Peres, R. T., Santos, R. S. D., ... & Ferreira, H. C. (2019). Benefícios da inserção do fisioterapeuta sobre o perfil de prematuros de baixo risco internados em unidade de terapia intensiva. Fisioterapia e Pesquisa, 26, 51-57.
Oliveira, B. C. de., Santos, F. C. dos, Silva, H. G. N., Castro, I. O., Franco, V. de S. P.., Silva, C. de S. e., Souza, S. M. de O., Silva, V. M. B. da., França, L. G. L.., & Ferreira, L. G. de F. (2021). Perfil epidemiológico e clínico de pacientes com Covid-19 em uma Unidade de Terapia Intensiva de um hospital público de Teresina-PI. Research, Society and Development, 10(14), e563101422053. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.22053
Oliveira, C. A. S. D., Pinto, F. C. C., Vasconcelos, T. B. D., & Bastos, V. P. D. (2017). Análise de indicadores assistenciais em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica na cidade de Fortaleza/CE. Cadernos Saúde Coletiva, 25, 99-105.
Peiter, A. P. D. (2020). Funcionalidade e risco de reinternação hospitalar de pacientes pediátricos após cuidados intensivos: um acompanhamento de 12 meses.
Quintino, J. C. (2015). Perfil epidemiológico de crianças internadas em UTI neonatal e UTI pediática do Hospital Infantil Joana de Gusmão (SC).
Sands, R., Manning, J. C., Vyas, H., & Rashid, A. (2009). Characteristics of deaths in paediatric intensive care: a 10-year study. Nursing in critical care, 14(5), 235–240. https://doi.org/10.1111/j.1478-5153.2009.00348.x
Santos, R. G. D., Cardoso, É. L. D. S., Marques, L. D. S., França, L. L. A. D., Xavier, T. G. M., Leon, P. A. P. D., & Souza, L. F. D. (2021). Perfil clínico-epidemiológico de crianças hospitalizadas: um recorte do período pandêmico e não pandêmico. Escola Anna Nery, 25.
Saretto, G. C., Pacheco, C. M., Corazza, E. J., & Fernandes, H. S. (2019). PERFIL EPIDEMIOLÓGICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL E PEDIÁTRICA DE UM HOSPITAL COM ÊNFASE NA FISIOTERAPIA. Revista de Extensão, 4(1), 37-55.
Silva, P. S. L. D., & Fonseca, M. C. M. (2019). Quais crianças representam as internações de repetição em um ano em uma unidade de terapia intensiva pediátrica brasileira? Jornal de Pediatria, 95, 559-566.
Taquary, S. A. D. S., Ataíde, D. S., & Vitorino, P. V. D. O. (2013). Perfil clínico e atuação fisioterapêutica em pacientes atendidos na emergência pediátrica de um hospital público de Goiás. Fisioterapia e Pesquisa, 20, 262-267.
Tavares, A. M. R., & Frank, M. R. (2020). IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA CLÍNICA E TECNOLOGIA ALIADAS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança, 18(1), 49-54.
Traiber, C. (2007). Características, mortalidade e custos de pacientes pediátricos em ventilação mecânica prolongada em três UTI Pediátricas de Porto Alegre.
Zuliani, L. L., Jericó, M. D. C., Castro, L. C. D., & Soler, Z. A. S. G. (2012). Consumo e custo de recursos materiais em unidades pediátricas de terapia intensiva e semi-intensiva. Revista Brasileira de Enfermagem, 65, 969-976.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Julia Zenatti Bueno; Carmen Lucia Rondon Soares; Erica Fernanda Osaku; Cláudia Rejane Lima de Macedo Costa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.