Efeito da técnica de agulhamento a seco associado à eletroestimulação em estudantes com migrânea
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i7.42567Palavras-chave:
Cefaleia; Fisioterapia; Estudantes.Resumo
Objetivou-se avaliar o efeito da técnica de agulhamento a seco associado à eletroestimulação em estudantes com migrânea. Tratou-se de um estudo intervencionista, de abordagem quantitativa, realizado no setor de fisioterapia da Universidade de Fortaleza. Participaram 5 estudantes que foram submetidos ao protocolo. A primeira etapa era composta pela avaliação física e preenchimento de questionários. A segunda etapa comtemplava a intervenção onde as agulhas foram posicionadas no ponto homeostático, no músculo frontal no lado da dor de cabeça e bilateralmente no temporal anterior. Os parâmetros da eletroestimulação transcutânea foram: frequência 80Hz, largura de pulso 60μs, durante 20 minutos com o efeito variação de intensidade e frequência, totalizando 10 atendimentos. Dos participantes, 80% eram do sexo feminino, 60% relataram utilizar aparelhos eletrônicos entre 7 e 8 horas diárias, 60%, sofrer de ansiedade, 60% consideraram ter distúrbios de sono. Em relação à migrânea, 60% relataram dor moderada à grave, 60% afirmaram que os episódios duravam até 4 horas mesmo utilizando medicamentos, 100% classificou a dor como pulsátil. Após a reavaliação, verificou-se a melhora na média dos valores na palpação dos músculos: temporal anterior direito, escaleno anterior e posterior bilateral, escaleno médio esquerdo e trapézio fibras superiores bilaterais. Porém, em outros músculos a média permaneceu a mesma. A amplitude de movimento cervical apresentou melhora para flexão, extensão e rotação à esquerda. Portanto, foi possível verificar que o efeito do agulhamento a seco associado à eletroestimulação não se mostrou efetivo no tratamento da cefaleia do tipo migrânea.
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