Incidência da tuberculose no estado de Sergipe entre 2017 e 2022: Um estudo epidemiológico
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i8.42830Palavras-chave:
Epidemiologia; Tuberculose extrapulmonar; Tuberculose pulmonar.Resumo
Avaliar o perfil epidemiológico dos casos de Tuberculose em Sergipe entre 2017 e 2022. Trata-se de um estudo epidemiológico executado por meio dos dados disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) por meio das informações colhidas através Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os dados coletados foram armazenados e tabulados no Microsoft Office Excel®, de modo que fosse possível realizar frequência absoluta e relativa. Houve 5.730 casos de TB no período analisado em Sergipe, a maioria dos casos (n = 3.726) foram diagnosticados laboratorialmente, sendo que a maior prevalência foi no sexo masculino (73,6%) e em adultos jovens (60,73%). A TB pulmonar foi responsável por 88% dos casos, enquanto que os sítios mais comuns da extrapulmonar (10,4%) foram o pleural e o ganglionar. Alguns fatores de risco foram observados nos indivíduos com TB em Sergipe como tabagismo, uso de substâncias ilícitas e infecção pelo HIV. Ressalta-se que apenas 26,6% dos casos realizaram tratamento diretamente observado. Houve uma redução dos casos detectados durante o período da pandemia. O perfil da TB em Sergipe foi marcado por adultos jovens do sexo masculino, sendo encontrados fatores de risco como infecção por HIV e tabagismo. Uma limitação importante desse estudo foi o fato de haver um percentual importante de variáveis preenchidas como ignorado/branco.
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