O programa nacional de integração da educação profissional com a educação básica na modalidade de educação de jovens e adultos (PROEJA) a partir do ordenamento híbrido: pesquisa documental

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4284

Palavras-chave:

PROEJA; Patrimonialismo; Burocracia racional; Pesquisa documental.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo examinar o PROEJA – Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos –, considerando a sua implementação na sociedade brasileira, cuja constituição se deu pela permanência de ordenamentos patrimonial-burocráticos. O procedimento metodológico empregado foi a pesquisa documental efetivada por meio da análise do Decreto nº 5.840, de 13 de julho de 2006, que instituiu o PROEJA no âmbito federal. Foram utilizadas ainda, para dar suporte ao estudo, fontes teóricas que tratam dos aspectos pertinentes ao objeto pesquisado. Os resultados demonstram que essa normativa legal proporciona a inserção desses alunos nas instituições educacionais. Contudo, o modelo híbrido de patrimonialismo e burocracia obstaculiza mudanças substanciais, pois à tentativa de implantação do Programa nas Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica, opõem-se aos valores e práticas tradicionais dos docentes. Conclui-se que as ações recomendadas para a efetivação dessa proposta educacional podem se constituir em estratégicas eficazes para desestabilizar as práticas patrimoniais, possibilitando o cumprimento do Programa nas instituições escolares.

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Publicado

20/05/2020

Como Citar

PAULA, O. L. B. de; SCHLAUCHER, L. O programa nacional de integração da educação profissional com a educação básica na modalidade de educação de jovens e adultos (PROEJA) a partir do ordenamento híbrido: pesquisa documental. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e513974284, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4284. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4284. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais