Tendência temporal da mortalidade por neoplasia hepática em adultos, nos estados mais desenvolvidos do Brasil de 2000 a 2019
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i8.42929Palavras-chave:
Mortalidade; Neoplasias hepáticas; Epidemiologia.Resumo
Objetivo: Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo analisar a tendência temporal da mortalidade por neoplasia hepática em adultos nos estados da Região Sul do Brasil no período compreendido entre os anos de 2000 e 2019. Método: A metodologia utilizada foi o estudo ecológico de séries temporais. Foram analisados todos os registros referentes à mortalidade por neoplasia hepática nos estados do Sul do Brasil no período entre 2000 e 2019 extraídos de banco de dados mantido pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As taxas de mortalidade foram calculadas e padronizadas por sexo, faixa etária por sexo e estado. A tendência de mortalidade foi estimada por meio do modelo de regressão linear simples. O resultado encontrado é estatisticamente significativo (p<0,05). Resultados: Foi identificada uma tendência de aumento nas taxas de mortalidade por neoplasia de fígado na Região Sul (p<0,001). O mesmo cenário foi observado para ambos os sexos (p<0,01). A faixa etária masculina entre 60 e 79 anos apresentou o maior incremento médio anual. Houve tendência de redução das taxas na faixa etária feminina entre 60 e 69 anos e 80 anos ou mais (p<0,05). Nos três estados, a tendência de aumento se manteve: Santa Catarina com taxa média de 11,54/100.000 habitantes, Rio Grande do Sul com taxa média de 15,53/100.000 habitantes e Paraná com taxa média de 12,53/100.000 habitantes. Conclusão: O presente estudo mostrou tendência ascendente de neoplasia de fígado na Região Sul do Brasil.
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