Devemos nos preocupar com forames e canais mandibulares acessórios? Um estudo com tomografia computadorizada de feixe cônico
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i8.42950Palavras-chave:
Mandíbula; Variação anatômica; Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico.Resumo
Objetivo: Analisar a prevalência de forames e canais acessórios mandibulares através de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Metodologia: 136 mandíbulas divididas em 10 áreas pré-determinadas foram analisadas através de TCFC a procura de forames e canais acessórios. Foram utilizados os testes de Qui-quadrado e Wilcoxon. Resultados: Encontramos 1.316 forames acessórios, no qual 486 estavam acompanhados também por canais. 70.3% dos forames estavam localizados na superfície interna mandibular, a maioria abaixo da linha milo-hióidea e tubérculos genianos. A área M1 apresentou o maior número de forames, especialmente sua face interna. O lado direito mandibular revelou significativamente maior número de forames quando comparado ao lado esquerdo. O diâmetro médio dos forames analisados foi de 0.85mm. A maioria dos canais acessórios se encontrava na superfície interna mandibular, com uma média de comprimento maior quando comparada aos canais da superfície externa. Conclusão: Concluímos que estudos mais detalhados sobre forames e canais acessórios devem ser realizados, visto que a prevalência de tais estruturas na mandíbula é alta, e esses ainda não foram nomeados ou classificados. Além disso, procedimentos que atinjam a superfície interna mandibular, especialmente sua região anterior, podem estar mais sujeitos a complicações, assim como falhas de bloqueios anestésicos no lado direito da mandíbula.
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