Alimentação de escolares em Aracaju: uma percepção de familiares após a pandemia da Covid-19

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i8.43045

Palavras-chave:

Pandemia; Covid-19; Alimentação; Crianças.

Resumo

Introdução: Após a instauração da pandemia pelo novo coronavírus, as crianças foram submetidas ao isolamento social. Essa medida resultou em um prejuízo biopsicossocial nos escolares, uma vez que gerou um ambiente desfavorável para a preservação de um estilo de vida e alimentação saudáveis. Assim, com o aumento do consumo de alimentos inadequados para esta população, leva a um aumento na taxa de sobrepeso e doenças crônicas não transmissíveis. Objetivo: Avaliar o impacto da pandemia da Covid-19 na alimentação de crianças na faixa etária escolar através da percepção de familiares. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo e analítico realizado em Aracaju, Sergipe, com crianças de 5 a 9 anos de idade, no período de 2022 a 2023. Foram coletados dados através de um formulário eletrônico pelo Formulários Google. Resultados: Acerca dos hábitos alimentares depois da implementação da pandemia da Covid-19, 44,8% dos participantes afirmaram que foram alterados. Dessas alterações, 80,8% demonstraram ser uma alteração negativa. Apenas 8,6% das crianças não consomem alimentos industrializados e 53,4% dos participantes afirmaram que houve um aumento da ingestão após a pandemia. Houve um aumento de peso em 41, 4% do total de crianças analisadas, sendo 69,7% relacionado à alimentação. Conclusão: A pandemia pelo novo coronavírus influenciou negativamente na qualidade alimentar das crianças. Em Aracaju, houve aumento do consumo de produtos industrializados, promovendo consequências que podem perdurar mesmo após esse período.

Referências

Adams, Elizabeth L., et al. (2020). “Food Insecurity, the Home Food Environment, and Parent Feeding Practices in the Era of COVID‐19”. Obesity, 28(11), novembro, 2056–63.

Ahmed, M. et al. (2020). The mutual effects of COVID-19 and obesity. Obesity Medicine, 19.

Brasil, Ministério da Saúde. (2022). Acompanhadas pelo SUS, mais de 340 mil crianças brasileiras entre 5 e 10 anos possuem obesidade. Nutrição.

Brasil, Ministério da Saúde. (2020). Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). Covid-19 e Saúde da Criança e do Adolescente.

Brasil, Ministério da Saúde. (2020). Obesidade infantil: como prevenir desde cedo. Saúde Brasil.

Brasil, Ministério da Saúde. (2008). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política nacional de alimentação e nutrição. (2a ed.) Brasília: Ministério da Saúde.

Browne, Nancy T., et al. (2021). “When Pandemics Collide: The Impact of COVID-19 on Childhood Obesity”. Journal of Pediatric Nursing, 56, 90–98.

Chao, A. M., Jastreboff, A. M., White, M. A., Grilo, C. M., & Sinha, R. (2017). Estresse, Cortisol e Outros Hormônios Relacionados ao Apetite: Previsão Prospectiva de Mudanças de 6 Meses no Desejo Alimentar e Peso. Obesidade. 25, 713–720.

Cortez, Fernanda, Marin, Tatiana. (2022). O impacto da pandemia na saúde da criança. Rev. Terra & Cult., 38(74).

Dennis, A. R. B., Campos Júnior, D., Silva, L. R., & Borges, W. G. (2017). Tratado de Pediatria: 2 volumes. (4a ed.).

Di Renzo L., Gualtieri P., Pivari F., Soldati L., Attinà A., Cinelli G., Leggeri G., Caparello G., Barrea L., Scerbo F., et al. (2020). Hábitos alimentares e mudanças no estilo de vida durante o bloqueio COVID-19: uma pesquisa italiana. J. Transl. Med., 18, 6–15.

Fore, H. H. et al. (2020). Child malnutrition and COVID-19: the time to act is now. The Lancet, 27.

Lima, C. T., Abreu, D. R. V. S. de, Bezerra, K. C. B., Landim, L. A. dos S. R., Santos, L. C. L. dos. (2022). Hábitos alimentares de crianças e adolescentes e repercussões no decurso da pandemia do Covid-19. Research, Society and Development, 11(9, e7011931549. 10.33448/rsd-v11i9.31549.

Lima, E. J. F., De Souza, M. F. T., & De Brito, R. C. C. M. (2017). Pediatria Ambulatorial – (2a Ed.).

Lourenço, A. S. N., et al. (2018). Fatores associados ao ganho de peso rápido em pré‑escolares frequentadores de creches públicas. 10.1590/1984‑0462/,2018,36,3,00012.

Michels N., Sioen I., Braet C., Eiben G., Hebestreit A., Huybrechts I., Vanaelst B., Vyncke K., & De Henauw S. (2012). Estresse, comportamento alimentar emocional e padrões dietéticos em crianças. Apetite.

Nicodemo, M., et al. (2021) “Childhood Obesity and COVID-19 Lockdown: Remarks on Eating Habits of Patients Enrolled in a Food-Education Program”. Nutrients, 13(2), janeiro, p. 383.

Paslakis, G, Dimitropoulos, G, & Katzman, D. K. (2020). A call to action to address COVID-19–induced global food insecurity to prevent hunger, malnutrition, and eating pathology. Nutrition Reviews.

Pietrobelli, A., et al. (2020). “Effects of COVID‐19 Lockdown on Lifestyle Behaviors in Children with Obesity Living in Verona, Italy: A Longitudinal Study”. Obesity, 28(8), 1382–85.

Ruiz-Roso M.B., de Carvalho Padilha P., Mantilla-Escalante D.C., Ulloa N., Brun P., Acevedo-Correa D., Arantes Ferreira Peres W., Martorell M., Aires M.T., de Oliveira Cardoso L., et al. (2020). Covid-19 Confinement and Changes of Adolescent’s Dietary Trends in Italy, Spain, Chile, Colombia and Brazil. Nutrients. 12:1807.

Rundle A. G., Park Y., Herbstman, J. B., Kinsey E. W., & Wang Y. C. (2020). COVID-19 – Related School fechamentos e risco de ganho de peso entre crianças. Obesidade. 28, 1008–1009. 10.1002 / oby.22813.

Sá, A. G., et al. (2017). Sobrepeso e obesidade entre crianças em idade escolar. Revista Nutricíon Clínica. Nutr. clín. diet. hosp. 37(4):167-171 10.12873/374godinho.

Sociedade Brasileira de Pediatria. (2012). Manual de Orientação do Departamento de Nutrologia.

Stavridou, Androniki, et al. (2021). “Obesity in Children and Adolescents during COVID-19 Pandemic”. Children, 8(2), 135.

Valerio G., Maffeis C., Saggese G., Ambruzzi MA, Balsamo A., Bellone S., Bergamini M., Bernasconi S., Bona G., Calcaterra V., et al. (2018). Diagnóstico, tratamento e prevenção da obesidade pediátrica: Declaração de consenso da Sociedade Italiana de Endocrinologia Pediátrica e Diabetologia e da Sociedade Italiana de Pediatria. Ital. J. Pediatr. 44, 88.

Von Hippel, P.T., et al. (2016). Do jardim de infância até a segunda série, a prevalência de obesidade infantil nos EUA cresce apenas durante as férias de verão. Obesidade. 10.1002/oby.21613.

Who - World Health Organization. (2020). Mental health and psychosocial considerations during the COVID-19 outbreak.

Weffort V.R.S., et al. (2018). Manual de Alimentação: orientações para alimentação do lactente ao adolescente, na escola, na gestante, na prevenção de doenças e segurança alimentar. Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Nutrologia. (4a ed.). SBP. 172 p.

Zar, H.J. et al. (2020). Challenges of COVID-19 in children in low- and middle-income countries Paediatric Respiratory. Paediatric Respiratory Reviews.

Downloads

Publicado

02/09/2023

Como Citar

GONÇALVES , A. C. O. S. .; OLIVEIRA , L. M. de .; REIS , F. P. .; CEDRAZ, M. E. S. .; CORREIA, V. L. de S. .; COUTO, F. D. S. do .; BARRETO, N. A. . Alimentação de escolares em Aracaju: uma percepção de familiares após a pandemia da Covid-19. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 8, p. e19112843045, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i8.43045. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43045. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde