A sífilis em Pernambuco: uma análise epidemiológica dos últimos cinco anos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i9.43096

Palavras-chave:

Sífilis; Infecções Sexualmente Transmissíveis; Epidemiologia.

Resumo

Objetivo: analisar o histórico epidemiológico de sífilis adquirida nos últimos cinco anos em Pernambuco. Metodologia: estudo epidemiológico ecológico, retrospectivo, descritivo com abordagem quantitativa, listando os números pertinentes necessários para a investigação do comportamento da sífilis adquirida no estado de Pernambuco. Resultados: no período de 2017 a 2021 foram notificados 30.594, deste total, os indivíduos de 20 a 29 anos responsáveis por 35,2% dos casos, o sexo masculino ultrapassa o número de casos de sífilis adquirida em todos os anos, exceto, em 2017. A doença está distribuída principalmente em pessoas de 20 a 29 anos, de raça/cor parda e branca, do sexo masculino e também no grupo daqueles que concluíram o ensino médio. Conclusão: a série temporal mostrou que houve aumento dos casos ao longo dos anos, bem como tendência de aumento da sífilis adquirida todavia a COVID-19 impactou nos dados de 2020.  As ações de saúde devem continuar para melhorar o acesso ao diagnóstico e à notificação, com foco no tratamento, cura e ações de educação em saúde, para controlar e prevenir novos casos mesmo em municípios com alto índice de desenvolvimento humano.

Referências

Brito C. V. B., Formigosa C. A. C., & Neto O. S. M. (2022). Impacto da COVID-19 em doenças de notificação compulsória no Norte do Brasil. Rev Bras Promoç Saúde, 35, 12777. https://ojs.unifor.br/RBPS/article/view/12777/6835. 10.5020/18061230.2022.12777

Cáceres K., & Martínez R. (2018). Situación epidemiológica de sífilis. Rev Chilena Infectol, 35(3):284-296. 10.4067/s0716-10182018000300284

Hochman, B., Nahas, F. X., Oliveira Filho, R. S. de, & Ferreira, L. M. (2005). Desenhos de pesquisa. Acta Cirúrgica Brasileira, 20, 2–9. https://doi.org/10.1590/S0102-86502005000800002

Holzmann A. P. F., Monção R. A., Cordeiro P. E. G., Sena J. V., Grandi J. L., & Barbosa D. A. (2022). Fatores associados ao diagnóstico da sífilis adquirida em usuários de um centro de testagem e aconselhamento. R Pesq Cuid Fundam, 14:e11233. 10.9789/2175-5361.rpcfo.v14.11233

Houston S., Schovanek E., Conway K. M. E, Mustafa S., Gomez A., Ramaswamy R., Haimour A., Boulanger M. J., Reynolds L. A., & Cameron C. E. (2022). Identification and Functional Characterization of Peptides With Antimicrobial Activity From the Syphilis Spirochete, Treponema pallidum. Front Microbiol 13:888525. 10.3389/fmicb.2022.888525

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. (2022). Desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil. (2a ed.) 35 p. https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/bibliotecacatalogo?view=detalhes&id=2101972

Kojima N., & Klausner J. D. (2018). An Update on the Global Epidemiology of Syphilis. Curr Epidemiol Rep, (1), 24-38. 10.1007/s40471-018-0138-z.

Luppi C. G., Gomes S. E. C., Silva R. J. C. S., Ueno A. M., Santos A. M. K. S., Tayra Â., & Takahashi R. F. (2018). Fatores associados à coinfecção por HIV em casos de sífilis adquirida notificados em um Centro de Referência de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids no município de São Paulo, 2014. Epidemiol. Serv. Saúde, 27(1): e20171678. 10.5123/S1679-49742018000100008

Macêdo V. C., Lira P. I. C., Frias P. G., Romaguera L. M. D., Caires S. F. F., & Ximenes R. A. A. (2017). Fatores de risco para sífilis em mulheres: estudo caso-controle. Rev Saúde Pública, 51:78. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2017051007066

Mercuri S. R., Moliterni E., Cerullo A., Di Nicola M. R., Rizzo N., Bianchi V. G., & Paolino G. (2022). Syphilis: a mini review of the history, epidemiology and focus on microbiota. New Microbiol, 45(1):28-34. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35403844/

Ministério da Saúde. (2009). Guia de vigilância epidemiológica. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_epidemiologica_7ed.pdf.

Ministério da Saúde. (2010). A história natural da sífilis: fases evolutivas e o surgimento de anticorpos. Sífilis: estratégia para diagnóstico no Brasil. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sifilis_estrategia_diagnostico_brasil.pdf.

Ministério da Saúde (2021a). Guia de vigilância em saúde. https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/vigilancia/guia-de-vigilancia emsaude_5ed_21nov21_isbn5.pdf/view.

Ministério da Saúde. (2021b). Agenda estratégica para redução da sífilis no Brasil, 2020-2021. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/agenda_reducao_sifilis_2020_2021.pdf.

Ministério da Saúde. (2022a). Vigilância epidemiológica. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis (IST). https://www.gov.br/aids/pt-br/centrais-de-conteudo/pcdts/2022/ist/pcdt-ist-2022_isbn-1.pdf/view.

Ministério da Saúde. (2022b). Boletim epidemiológico – sífilis 2022. https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2022/boletim-epidemiologico-de-sifilis-numero-especial-out-2022.

Mohamed A. K., Raja I. A., & Rukumani D. V. (2020). An epidemiological study of syphilis and predictors of treatment failure in University Malaya Medical Centre. Med J Malaysia, 75(3):199-203. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32467532/

Nunes P. S., Zara A. L. A., Rocha D. F. N. C., Marinho T. A., Mandacarú P. M. P., & Turchi M. D. (2018). Sífilis gestacional e congênita e sua relação com a cobertura da Estratégia Saúde da Família, Goiás, 2007-2014: um estudo ecológico. Epidemiol. Serv. Saúde, 27(4): e2018127. 10.5123/S1679-49742018000400008

Organização Pan-Americana de Saúde (2021). Plano de ação para prevenção e controle do HIV e de infecções sexualmente transmissíveis 2016-2021. https://www.paho.org/hq/dmdocuments/2017/2017-cha-plan-action-prev-hiv-2016-2021-pt.pdf

Peterman T. A., & Cha S. (2018). Context-Appropriate Interventions to Prevent Syphilis: A Narrative Review. Sex Transm Dis, 45(9S Suppl 1):S65-S71. 10.1097/OLQ.0000000000000804

Ros-Vivancos C., González-Hernández M., Navarro-Gracia J. F., Sánchez-Payá J., González-Torga A., Portilla-Sogorb J. (2018). Evolución del tratamiento de la sífilis a lo largo de la historia. Rev Esp Quimioter, 31(6):485-492. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6254479/pdf/revespquimioter-31-485.pdf

Santos M. M. D., Rosendo T. M. S. S., Lopes A. K. B, Roncalli A. G, & Lima K. C. (2021). Weaknesses in primary health care favor the growth of acquired syphilis. PLoS Negl Trop Dis, 15(2):e0009085. 10.1371/journal.pntd.0009085

Salado-Rasmussen K., Katzenstein T. L., & Larsen H. K. (2018). Syphilis. Ugeskr Laeger, 180(20):V01180026. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29798749/

Secretaria Estadual de Saúde (PE). (2021). Informe epidemiológico 2021 Pernambuco – sífilis. http://portal.saude.pe.gov.br/sites/portal.saude.pe.gov.br/files/informe_epidemiologico_sifilis_2021.pdf

Souza E. M. (2005). Há 100 anos, a descoberta do Treponema pallidum. Anais Brasileiros de Dermatologia, 80(5), 547-548. https://doi.org/10.1590/S0365-05962005000600017

Souza B. S. O., Rodrigues R. M., & Gomes R. M. L. (2018). Análise epidemiológica de casos notificados de sífilis. Rev. Soc. Bras, 16(2), 94-98, 20180000. https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/09/913366/16294-98.pdf

World Health Organization. (2021a). Global progress report on HIV, viral hepatitis and sexually transmitted infections, 2021. Accountability for the global health sector strategies 2016-2021: actions for impact. https://apps.who.int/iris/handle/10665/342813

World Health Organization. (2021b). Seventy-fourth World Health Assembly. https://www.who.int/about/governance/world-health-assembly/seventy-fourth-world-health-assembly

Wu M. Y., Gong H. Z., Hu K. R., Zheng H. Y., Wan X., & Li J. (2021). Effect of syphilis infection on HIV acquisition: a systematic review and meta-analysis. Sex Transm Infect, 97(7), 525-533. 10.1136/sextrans-2020-054706

Zhou C., Zhang X., Zhang W., Duan J., & Zhao F. (2019). PCR detection for syphilis diagnosis: Status and prospects. J Clin Lab Anal, 33(5):e22890. 10.1002/jcla.22890

Downloads

Publicado

05/09/2023

Como Citar

GOMES, T. F. .; CUNHA, M. H. A. .; SILVA, M. E. A. da .; SILVA, N. I. A. da .; CAVALCANTI, L. A. .; LIMA , A. V. C. .; MARQUES, M. F. S. . A sífilis em Pernambuco: uma análise epidemiológica dos últimos cinco anos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 9, p. e0612943096, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i9.43096. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43096. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde