Tendência temporal das taxas de mortalidade por doença do apêndice no Brasil entre 2008 e 2021
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i9.43110Palavras-chave:
Apêndice; Apendicite aguda; Neoplasias do apêndice; Mortalidade; Fatores de risco.Resumo
Entre 2008 e 2021 foram internados 1.539.536 pacientes devido a doenças do apêndice (DA). As DA podem ser de origem inflamatória e neoplásica, sendo o tumor neuroendócrino a causa neoplásica mais prevalente, e a apendicite aguda, principal etiologia inflamatória. Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais de mortalidade no Brasil. Foram coletados dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH-SUS) disponibilizados pelo DATASUS. As variáveis analisadas foram a taxa bruta de mortalidade e taxas de mortalidade específicas, segundo sexo, faixa etária e região do país, por doenças do apêndice no Brasil. Foram identificados 5676 óbitos no Brasil. Conclui-se ao avaliar as taxas de regressão linear que o Brasil apresenta um predomínio de perfil de estabilidade. Do mesmo modo, destaca-se um comportamento ambivalente, de estabilidade em faixa etárias extremas e de redução em faixa etária de 20 a 29 anos, além de tendência de declínio em mulheres e estabilidade em homens.
Referências
Augustin, T., Cagir, B., & Vandermeer, T. J. Characteristics of perforated appendicitis: effect of delay is confounded by age and gender. (2011). J Gastrointest Surg. 15(7):1223-31. 10.1007/s11605-011-1486-x.
Antunes, J. L. F., & Cardoso, M. R. A. (2015). Uso da análise de séries temporais em estudos epidemiológicos. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24(3), 565-576. 10.5123/s1679-49742015000300024.
Brasil. (2022). Informações de Saúde: Produção Hospitalar do SUS – Brasil. Ministério da Saúde. Datasus. Sistema de Informações Hospitalares do SUS.
Calis, H. (2018). Morbidity and Mortality in Appendicitis in the Elderly. J Coll Physicians Surg Pak. 28(11):875-878. 10.29271/jcpsp.2018.11.875.
Carmo, É., Ribeiro, B., Nery, A., & Casotti, C. (2018). Tendência temporal da mortalidade por suicídio no estado da Bahia. Cogitare Enfermagem, 23(1). http://dx.doi.org/10.5380/ce.v23i1.52516
de Moortele, M., de Hertogh, G., Sagaert, X., & Van Cutsem, E. (2020). Appendiceal cancer: a review of the literature. Acta gastro-enterologica Belgica, 83(3), 441–448.
de Wijkerslooth, E. M. L., Bakas, J. M., Van Rosmalen, J., Boom, A. L., & Wijnhoven, B. P. L. (2021). Same-day discharge after appendectomy for acute appendicitis: a systematic review and meta-analysis. International journal of colorectal disease, 36(6), 1297
Ferris, M., Quan, S., Kaplan, B. S., Molodecky, N., Ball, C. G., Chernoff, G. W., Bhala, N., Ghosh, S., Dixon, E., Ng, S., & Kaplan, G. G. (2017). The Global Incidence of Appendicitis: A Systematic Review of Population-based Studies. Ann Surg. 266(2):237-241. 10.1097/SLA.0000000000002188.
Frantz, M. G., Norman, J., & Fabri, P. J. (1995). Increased morbidity of appendicitis with advancing age. Am Surg.61(1):40-4.
Freitas, R. G., Pitombo, M. B., Maya, M. C. A., & Leal, P. R. F. (2009). Apendicite aguda. Rev Hosp Univ Pedro Ernesto. 8(1):38-51.
Gomes, C. A., & Nunes, T. A. (2006). Classificação laparoscópica da apendicite aguda: correlação entre graus da doença e as variáveis perioperatórias. Rev Col Bras Cir. 33(5): 289-93
Gürleyik, G., & Gürleyik, E. (2003). Age-related clinical features in older patients with acute appendicitis. Eur J Emerg Med. 10(3):200-3. 10.1097/01.mej.0000088431.19737.f.
Iamarino, A. P. M., Juliano, Y., Rosa, O. M., Novo, N. F., Favaro, M. D. L., & Ribeiro, M. A. F. (2017). Risk factors associated with complications of acute appendicitis. Revista Do Colégio Brasileiro De Cirurgiões, 44(6), 560–566. https://doi.org/10.1590/0100-69912017006002
Lima, G. H. V., Hoffmann, A. B., Silva, A. R. C., Sallum, B. G., Spina, B. O., Casagrande, C., Ferreira, E. T., Panhoca, H. D., Biz, M. E. Z. & Lopes, B. A. (2023). Perfil epidemiológico dos pacientes acometidos pela Doença do Apêndice. REAS. 15(11):e11403. https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/11403.
Lima, A. P. (2016). Clinical-epidemiological profile of acute appendicitis: retrospective analysis of 638 cases. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. 43(4), 248-253. https://doi.org/10.1590/0100-69912016004009.
Piri, S. M., Moghaddam, S. S., Ghodsi, Z., Yoosefi, M., Rezaei, N., Saadat, S., Mansouri, A., Sharif-Alhoseini, M., Salamati, P., Jazayeri, S. B., Khajavi, A. (2020). Tendência da mortalidade por apendicite nos níveis nacional e provincial no Irã de 1990 a 2015. Arquivos de Medicina Iraniana. 23(5):302-11
Santos, F., Cavasana, G. F., & Campos, T. (2017). Perfil das apendicectomias realizadas no Sistema Público de Saúde do Brasil. Rev Col Bras Cir. 44 (1):4-8.
Shogilev, D. J., Duus, N., Odom, S. R., & Shapiro, N. I. (2014). Diagnosing appendicitis: evidence-based review of the diagnostic approach in 2014. West J Emerg Med. 15(7):859-71
Storm-Dickerson, T. L, & Horattas, M. C. (2003). What have we learned over the past 20 years about appendicitis in the elderly? Am J Surg. 185(3):198-201. 10.1016/s0002-9610(02)01390-9.
Verginio, H. R., Spaziani, A. O., Araújo, A. M. de, Cardoso, G. P., Souza, T. A. R. P. de, Lamboglia, G. R., Taveiros, R. J. L., Marques, M. R., Gorga, A. C. B., Renesto, M. V. D., Faidiga, L., & Barbosa, P. G. (2020). Apendicite aguda em paciente idoso: relato de caso. Arch Health Invest. https://www.archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/4807
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Guilherme Ribeiro Neto; Anna Carolina Schmidt Gamborgi Vallim; João Victor Bertolini Velloso; Valéria Machado da Silva; Nicole Barbosa Braga; Paulo Henrique de Mello
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.