Relação entre nível de escolaridade com a continuidade do tratamento para hanseníase no Brasil de 2017 a 2022

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i9.43137

Palavras-chave:

Escolaridade; Hanseniase; Brasil.

Resumo

Objetivo: Investigar a relação entre o nível de escolaridade dos pacientes com hanseníase no Brasil e a continuidade do tratamento no período de 2017 a 2022. Metodologia: Consiste em estudo epidemiológico descritivo quantitativo realizado através de dados coletados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis analisadas foram o número de doses para tratamento da hanseníase paucibacilar e multibacilar aplicadas no período analisado de acordo com escolaridade, ano e estado. Os dados colhidos foram tabulados e armazenados no programa Google Planilhas para disponibilidade, posteriormente, em frequências absoluta e relativa dos resultados. Resultados: Os resultados revelaram uma correlação significativa entre o nível de escolaridade e a continuidade do tratamento para hanseníase. Ao total, foi notificado e tratado 1.529.590 pacientes diagnosticados com hanseníase multibacilar e 265.442 com paucibacilar, ocorrendo um padrão em que em ambos os tipos da enfermidade hà prevalência de pacientes que pertence ao nível de escolaridade com a 1ª a 4ª serie incompleta e prevalência da patologia na região nordeste se torna notória, com 41.97% de casos tratados como paucibacilar e 45.61% de multibacilar. Conclusão: Existe uma relação direta entre o nível de escolaridade, incidência e continuidade do tratamento da hanseníase no Brasil. Logo, nota-se a possibilidade de uma preocupação com uma patologia que mesmo com tratamento, se mantem presente.

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Publicado

09/09/2023

Como Citar

CASTRO, G. R. S. de .; SILVA, R. R. de S. . Relação entre nível de escolaridade com a continuidade do tratamento para hanseníase no Brasil de 2017 a 2022. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 9, p. e3312943137, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i9.43137. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43137. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde