Qualidade de grãos de soja armazenados em silo bolsa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i9.43199Palavras-chave:
Glycine max; Propriedades físicas; Sanidade.Resumo
O déficit de capacidade estática de armazenamento tem sido um dos principais gargalos do sistema produtivo de grãos no Brasil, e ainda mais acentuado no Mato Grosso, principal estado produtor. Assim, a busca por alternativas de armazenagem se faz importante, visto que investimentos em infraestruturas fixas são elevados e mais demorados para concretizar. Objetivou-se com este estudo avaliar a qualidade de grãos de soja armazenados em silo bolsa por um período de 330 dias. Foi utilizado silo bolsa com dimensões de 5 m de comprimento por 1,5 m de altura. O teor de água médio inicial dos grãos foi de 10,5 %b.u. Foram coletadas amostras mensalmente e avaliado as propriedades físicas, químicas e sanitárias, como: teor de água, massa de 1.000 grãos, massa específica aparente, massa e volume do grão, matéria seca, teor de cinzas e óleo, e incidência de fungos associados. Não houve perda de qualidade física dos grãos de soja armazenados em silo bolsa. O conteúdo de matéria seca, e o teor de óleo e cinzas não apresentaram diferenças relevantes no decorrer do armazenamento. Constatou-se tendência de redução da incidência fúngica para a maioria dos gêneros identificados.
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