A percepção dos profissionais de saúde sobre a inserção de estudantes de medicina na Atenção Primária em Saúde: Uma revisão da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i10.43409Palavras-chave:
Estudantes de medicina; Profissionais de Saúde; Atenção Primária à Saúde.Resumo
Este estudo objetivou identificar na literatura a percepção dos profissionais de saúde sobre a inserção dos estudantes de medicina na Atenção Primária em Saúde. Para isso foi realizada uma revisão integrativa da literatura, seguindo as etapas: Identificação do problema; Pesquisa de literatura; Análise de dados e Conclusão. Inicialmente foram obtidos 490 artigos, e não houve nenhum duplicado. Após leitura de título e resumo, foram excluídos 443 artigos, sendo incluídos 47 artigos, que foram lidos na íntegra. Destes, 34 documentos foram excluídos, pois não respondiam à pergunta norteadora do estudo. Assim, 10 artigos foram incluídos neste estudo. Da análise dos artigos, emergiram três categorias: I - O contexto de realização do estágio curricular em medicina; II- Percepções da equipe de saúde, pacientes e alunos em relação ao estágio curricular III - Desafios para a atuação e bem-estar do estudante de medicina durante o estágio curricular. Por fim, entende-se que o contexto da Atenção Primária em Saúde é essencial para a formação dos estudantes de medicina, por ser um ambiente propício para os graduandos terem contato com a prática desde os primeiros meses na graduação e por propiciar que eles tenham um contato integral com os pacientes.
Referências
Albuquerque, V. S., Gomes, A. P., Rezende, C. H. A. de, Sampaio, M. X., Dias, O. V., & Lugarinho, R. M. (2008). A integração ensino-serviço no contexto dos processos de mudança na formação superior dos profissionais da saúde. Revista Brasileira de Educação Médica, 32(3), 356–362. https://doi.org/10.1590/S0100-55022008000300010
Ansell, S., Read, J., & Bryce, M. (2020). Challenges to well-being for general practice trainee doctors: a qualitative study of their experiences and coping strategies. Postgrad Med J, 96(1136), 325–330. https://dx.doi.org/10.1136/postgradmedj-2019-137076
Bartlett, M., Pritchard, K., Lewis, L., RB, H., & RK, M. (2016). Teaching undergraduate students in rural general practice: an evaluation of a new rural campus in England. Rural and Remote Health, 16(2), 3694. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27316380/
Biesma, R., MC, K., Pawlikowska, T., Brugha, R., Conroy, R., & Doyle, F. (2019). Peer assessment to improve medical student’s contributions to team-based projects: randomised controlled trial and qualitative follow-up. BMC Medical Education, 19(1), 371. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31615489/
Bossé, J., Woolcott, C., & Coolen, J. (2019). Barriers Preventing Medical Students From Performing Pelvic Examinations During Obstetrics and Gynaecology Clinical Clerkship Rotations. Journal of Obstetrics and Gynaecology Canada: JOGC = Journal d’obstetrique et Gynecologie Du Canada: JOGC, 41(8), 1093–1098. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30803877/
Braccialli, L. A. D., & Oliveira, M. A. C. de. (2012). Desafios na formação médica: a contribuição da avaliação. Revista Brasileira de Educação Médica, 36(2), 280–288. https://doi.org/10.1590/S0100-55022012000400018
Bulcão, L. G., El-Kareh, A. C., & Sayd, J. D. (2007). Ciência e ensino médico no Brasil (1930-1950). História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 14(2), 469–487. https://doi.org/10.1590/S0104-59702007000200005
Butterworth, K., Rajupadhya, R., Gongal, R., Manca, T., Ross, S., & Nichols, D. (2018). A clinical nursing rotation transforms medical students’ interprofessional attitudes. PloS One, 13(5), e0197161. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29795598/
Caldeira, É. S., Leite, M. T. de S., & Rodrigues-Neto, J. F. (2011). Estudantes de Medicina nos serviços de atenção primária: percepção dos profissionais. Revista Brasileira de Educação Médica, 35(4), 477–485. https://doi.org/10.1590/S0100-55022011000400006
Camilo, C., & Garrido, M. V. (2019). A revisão sistemática de literatura em psicologia: Desafios e orientações. Aná. Psicológica, 37, 535–552. http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312019000400009&nrm=isso
Campos, F. E. de, & Belisário, S. A. (2001). O Programa de Saúde da Família e os desafios para a formação profissional e a educação continuada. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 5(9), 133–142. https://doi.org/10.1590/S1414-32832001000200009
Campos, G. W. S. (2005). Papel da Rede de Atenção Básica em Saúde na Formação Médica: diretrizes.
Chini, H., Osis, M. J. D., & Amaral, E. (2018). A Aprendizagem Baseada em Casos da Atenção Primária à Saúde nas Escolas Médicas Brasileiras. Rev. bras. educ. méd, 42(2), 45–53. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&
Conill, E. M. (2008). Ensaio histórico-conceitual sobre a Atenção Primária à Saúde: desafios para a organização de serviços básicos e da Estratégia Saúde da Família em centros urbanos no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 24(suppl 1), s7–s16. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2008001300002
Costa, N. M. da S. C. (2007). Docência no ensino médico: por que é tão difícil mudar? Revista Brasileira de Educação Médica, 31(1), 21–30. https://doi.org/10.1590/S0100-55022007000100004
Custódio, J. B., Peixoto, M. das G. B., Arruda, C. A. M., Vieira, D. V. F., Sousa, M. do S. de, & Ávila, M. M. M. (2019). Desafios Associados à Formação do Médico em Saúde Coletiva no Curso de Medicina de uma Universidade Pública do Ceará. Revista Brasileira de Educação Médica, 43(2), 114–121. https://doi.org/10.1590/1981-52712015v43n2rb20180118
Galvão, T. F., Pansani, T. de S. A., & Harrad, D. (2015). Principais itens para relatar Revisões sistemáticas e Meta-análises: A recomendação PRISMA. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24(2), 335–342. https://doi.org/10.5123/S1679-49742015000200017
Goulart, L. M. H. F., Alves, C. R. L., Belisário, S. A., Abreu, D. M. X. de, Lemos, J. M. C., Massote, A. W., França, M. B., Mendes, K. F., & Silva, T. A. F. da. (2009). Abordagem pedagógica e diversificação dos cenários de ensino médico: projetos selecionados pelo PROMED. Revista Brasileira de Educação Médica, 33(4), 605–614. https://doi.org/10.1590/S0100-55022009000400011
Hudson, J. N., Weston, K. M., Farmer, E. E., Ivers, R. G., & Pearson, R. W. (2010). Are patients willing participants in the new wave of community‐based medical education in regional and rural Australia? Medical Journal of Australia, 192(3), 150–153. https://doi.org/10.5694/j.1326-5377.2010.tb03454.x
Hur, Y., AR, C., & CJ, C. (2017). Medical students’ and patients’ perceptions of patient-centred attitude. In Korean journal of medical education (Vol. 29, Issue 1, pp. 33–39). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28264552/
Irby, D. M. (1995). Teaching and learning in ambulatory care settings. Academic Medicine, 70(10), 898–931. https://doi.org/10.1097/00001888-199510000-00014
JOANNA BRIGGS INSTITUTE. (2014). Reviewer’s Manual. Adelaide (Australia). Royal Adelaide Hospital. http://joannabriggs.org/assets/docs/sumari/reviewersmanual-2014.pdf
MC, M., S, van S., DR, P., MB, K., & MS, M. (2019). Enhancing learning in longitudinal clinical placements in community primary care clinics: undergraduate medical students’ voices. Education for Primary Care: An Official Publication of the Association of Course Organisers, National Association of GP Tutors, World Organisation of Family Doctors, 30(5), 301–308. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31362601/
MR, H., & Dinh, A. (2017). Meeting the demand of the future: a curriculum to stimulate interest in careers in primary care internal medicine. Medical Education Online, 22(1), 1340780. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28670982/
Ouzzani, M., Hammady, H., Fedorowicz, Z., & Elmagarmid, A. (2016). Rayyan—a web and mobile app for systematic reviews. Systematic Reviews, 5(1), 210. https://doi.org/10.1186/s13643-016-0384-4
Partanen, R., Ranmuthugala, G., Kondalsamy-Chennakesavan, S., & M, van D. (2016). Is three a crowd? Impact of the presence of a medical student in the general practice consultation. Medical Education, 50(2), 225–235. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26813001/
Paz-Lourido, B., & Kuisma, R. M. E. (2013). General practitioners' perspectives of education and collaboration with physiotherapists in Primary Health Care: a discourse analysis. J Interprof Care, 27(3), 254–260. https://dx.doi.org/10.3109/13561820.2012.745487
Regan-Smith, M., Young, W. W., & Keller, A. M. (2002). An Efficient and Effective Teaching Model for Ambulatory Education. Academic Medicine, 77(7), 593–599. https://doi.org/10.1097/00001888-200207000-00003
Roquete, A. M. (2001). Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina. Conselho Nacional de Educação.
Salminen, H., Öhman, E., & Stenfors-Hayes, T. (2016). Medical students’ feedback regarding their clinical learning environment in primary healthcare: a qualitative study. BMC Medical Education, 16(1), 313. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27964713/
Teixeira, E., Medeiros, H. P., Nascimento, M. H. M., Silva, B. A. C. e, & Rodrigues, C. (2014). Integrative literature review step-by-step & convergences with other methods of review / Revisão Integrativa da Literatura passo-a-passo & convergências com outros métodos de revisão. Revista de Enfermagem Da UFPI, 2(5), 3. https://doi.org/10.26694/reufpi.v2i5.1457
Weng, H.-C., Steed, J. F., Yu, S.-W., Liu, Y.-T., Hsu, C.-C., Yu, T.-J., & Chen, W. (2011). The effect of surgeon empathy and emotional intelligence on patient satisfaction. Advances in Health Sciences Education, 16(5), 591–600. https://doi.org/10.1007/s10459-011-9278-3
Whittemore, R., & Knafl, K. (2005). The integrative review: updated methodology. Journal of Advanced Nursing, 52(5), 546–553. https://doi.org/10.1111/j.1365-2648.2005.03621.x
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Pedro Ventura; Ana Beatriz Zanardo Mion; Núbia de Souza Cintra; Lívia Maria Lopes Gazaffi
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.