Prevenção de sepse em pacientes com função esplênica prejudicada
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i10.43583Palavras-chave:
Asplenia; Hiposplenia; Sepse; Profilaxia.Resumo
Asplenia refere-se à perda completa da função do baço, enquanto hipoesplenismo refere-se à perda parcial da função esplênica, que pode ser de origem primária ou secundária. O baço é um órgão linfóide secundário, porém também está relacionado à circulação sanguínea. Este órgão abriga uma variedade de células, como linfócitos T e B, macrófagos, células dendríticas, citocinas e anticorpos essenciais para o desenvolvimento de respostas imunes. Neste contexto, a sepse representa um risco para este grupo de pacientes e deve ser evitada com medidas profiláticas, sendo a maioria das infecções causadas por bactérias encapsuladas. Para tanto, foi elaborada uma revisão de literatura com as principais evidências sobre a prevenção da sepse em pacientes com asplenia/hiposplenia, utilizando 17 materiais das bases de dados SciELO, PubMed, Web of Science, Scopus, Cochrane Database of Systematic Reviews (CDSR), EBSCOhost, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e UpToDate. Foi demonstrado que a prevenção da sepse em pacientes com asplenia ou hiposplenia envolve uma combinação de vacinação, profilaxia antibiótica, educação do paciente e monitoramento médico apropriado. É essencial que os pacientes sigam as orientações médicas e estejam cientes dos riscos e das medidas preventivas necessárias para proteger a sua saúde. Devido ao risco vitalício associado à infecção nesses pacientes, os esforços estão focados na melhoria da qualidade do atendimento prestado a crianças e adultos com função esplênica restrita, além de pesquisas em andamento visando alternativas de prevenção e tratamento dessa condição.
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