Medidas de controle em casos de infecção pelo vírus sincicial respiratório em recém-nascidos prematuros: Revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i11.43755Palavras-chave:
Infecção por vírus respiratório sincicial; Prematuridade; Medida de controle.Resumo
Objetivo: Descrever as evidências científicas a respeito das medidas de controle nos casos de infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em recém nascidos pré-termo. Método: Revisão integrativa que foi conduzida de acordo com a recomendação do guideline Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). A questão norteadora da pesquisa foi elaborada utilizando a estratégia População Interesse Contexto (PICo): recém-nascidos pré-termo (P - população), medidas de controle (I – fenômeno de interesse), em caso de infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório (Co - contexto). Subsequentemente, foram consultados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/BIREME) e os Medical Subject Headings (MeSH terms), conforme Quadro 1: Infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório; Prematuridade; Medida de controle. Resultados: Dois estudos descreveram em relação à sibilância recorrente (SR), outro estudo, descreveu-se sobre dois surtos consecutivos de infecção pelo VSR em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), sendo cada um deles ocasionados por genótipos diferentes do VSR. Um artigo apresentou evidências atuais na etiologia, os fatores de risco, diagnóstico e manejo da sepse neonatal precoce e tardia enquanto outro estudo, forneceu informações para o manejo de pneumonia adquirida na comunidade (PAC) em crianças com até cinco anos de idade. Conclusão: Através dos estudos levantados, verificou-se que diferentes medidas de controle podem ser empregadas em casos de infecção pelo VSR no âmbito hospitalar, como o uso de precauções respiratórias, isolamento por coorte, vigilância do estado de saúde dos visitantes e servidores, uso profilático de Palivizumabe e, principalmente, a frequente e correta higienização das mãos por todos.
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