Efeitos da intervenção fisioterapêutica no desenvolvimento motor de crianças com Síndrome de Down: Uma revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i12.43789Palavras-chave:
Estimulação Precoce; Síndrome de Down; Fisioterapia.Resumo
Objetivo: O presente estudo tem como objetivo descrever os efeitos da intervenção fisioterapêutica no desenvolvimento motor de crianças com Síndrome de Down. Metodologia: Trata-se de uma revisão da literatura, na qual foi realizada uma busca nas bases de dados PubMed, PeDro, Scielo e Lilacs, no período de Agosto a Setembro de 2022, através dos descritores early intervention/intervenção precoce; down syndrome/síndrome de down e physiotherapy/fisioterapia. Foram incluídos estudos do tipo ensaio clínico, publicados nos últimos 10 anos, seguindo os critérios de inclusão. Para avaliar a qualidade e nível de relevância dos artigos foi aplicada a Escala de Jadad. Resultados: Inicialmente, foram identificados um total de 395 artigos. Após a coleta dos dados e aplicação dos critérios de elegibilidade, foram incluídos 8 artigos. Observou-se melhora na força muscular, principalmente de membros inferiores, equilíbrio e controle postural, funções pulmonares, estabilização de core, coordenação motora e na aquisição de padrões adequados. Conclusão: O estudo conclui que a utilização de intervenções fisioterapêuticas é eficaz para o desenvolvimento motor de crianças com Síndrome de Down, visto que essas intervenções proporcionam, de acordo com a condição e necessidade de cada criança, melhoras no desenvolvimento motor.
Referências
De Almeida, M. D., Dos Santos Moreira, M. C &Tempski, P. Z. (2013). A intervenção fisioterapêutica no ambulatório de cuidado a pessoa com síndrome de Down no Instituto de Medicina Física e Reabilitação HC FMUSP. Revista Acta Fisiatrica, 20 (1), 55-62.
Alsakhawi, R. S., & Elshafey, M. A. (2019). Effect of core stability exercises and treadmill training on balance in children with Down syndrome: randomized controlled trial. Advances in therapy, 36, 2364-2373.
Araki, I. P. M., & Bagagi, P. D. S. (2014). Síndrome de Down e o seu desenvolvimento motor. Revista Científica Eletrônica de Pedagogia, 23(2), 1-6.
Azab, A. R., Mahmoud, W. S., Basha, M. A., Hassan, S. M., Morgan, E. N., Elsayed, A. E., ... & Elnaggar, R. K. (2022). Distinct effects of trampoline-based stretch-shortening cycle exercises on muscle strength and postural control in children with Down syndrome: a randomized controlled study. European Review for Medical & Pharmacological Sciences, 26(6).
Barbosa, K. C., Sato, S. N., dos Reis Alves, E. G., Fonseca, A. L. A., Fonseca, F. L. A., Junqueira, V. B. C., & Azzalis, L. A. (2011). Efeitos da shantala na interação entre mãe e criança com síndrome de down. Journal of Human Growth and Development, 21(2), 356-361.
Brasil. (2013). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção à pessoa com Síndrome de Down / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Ministério da Saúde.
Cacuango Montalvo, G. E., & León Arteaga, A. G. (2015). Aplicación de la técnica Vojta en pacientes que presentan retraso en el desarrollo psicomotor que acuden al hospital Carlos Andrade Marín de la ciudad de Quito durante el periodo junio 2013- marzo 2104 [Tesis de pregrado, Universidad Técnica del Norte]. Recuperado de http://repositorio.utn.edu.ec/handle/123456789/4299
Carvalho, R. L., Moreira, T. M., & Pereira, M. A. G. (2010). Shantala no desenvolvimento neuropsicomotor em portador da Síndrome de Down. Pensamento Plural Rev Cient do UNIFAE, 4(1), 62-6.
Czarniecki, B., Silva, S. E. F., Mattes, V. V., & Paludo, A. C. (2021). Dança e síndrome de down: uma revisão sistemática da literatura. Conexões, 19(00), e021010. https://doi.org/10.20396/conex.v19i1.8660675
Da Silva, B. T., Santos, I. F., & Azevedo-Santos, I. F. (2020). Esteira ergométrica e plataforma vibratória melhora a funcionalidade e equilíbrio de criança com síndrome de down: um estudo de caso. Journal of Health Connections, 9(2).
Eid, M. A. (2015). Effect of whole-body vibration training on standing balance and muscle strength in children with Down syndrome. American journal of physical medicine & rehabilitation, 94(8), 633-643.
Eid, M. A., Aly, S. M., Huneif, M. A., & Ismail, D. K. (2017). Effect of isokinetic training on muscle strength and postural balance in children with Down’s syndrome. International Journal of Rehabilitation Research, 40(2), 127-133.
El Kafy, E. M., & Helal, O. F. (2014). Effect of rowing on pulmonary functions in children with Down syndrome. Pediatric physical therapy : the official publication of the Section on Pediatrics of the American Physical Therapy Association, 26(4), 437–445.
Giagazoglou, P., Kokaridas, D., Sidiropoulou, M., Patsiaouras, A., Karra, C., & Neofotistou, K. (2013). Effects of a trampoline exercise intervention on motor performance and balance ability of children with intellectual disabilities. Research in developmental disabilities, 34(9), 2701-2707.
González-Agüero, A., Matute-Llorente, A., Gómez-Cabello, A., Casajús, J. A., & Vicente-Rodríguez, G. (2013). Effects of whole body vibration training on body composition in adolescents with Down syndrome. Research in developmental disabilities, 34(5), 1426-1433.
Gupta, S., Rao, B. K., & Kumaran, S. D. (2011). Effect of strength and balance training in children with Down’s syndrome: a randomized controlled trial. Clinical rehabilitation, 25(5), 425-432.
Kavlak, E., Unal, A., Tekin, F., & Al Sakkaf, A. A. H. (2022). Comparison of the effectiveness of Bobath and Vojta techniques in babies with Down syndrome: Randomized controlled study. Annals of Clinical and Analytical Medicine.
Khalili, M. A., & Elkins, M. R. (2009). Aerobic exercise improves lung function in children with intellectual disability: a randomised trial. Australian Journal of Physiotherapy, 55(3), 171-175.
Miyake, Y., Kobayashi, R., Kelepecz, D., & Nakajima, M. (2013). Core exercises elevate trunk stability to facilitate skilled motor behavior of the upper extremities. Journal of bodywork and movement therapies, 17(2), 259-265.
Moreira, M. A. Fineli, C. H. P. (2020). A importância das atividades físicas para portadores de Síndrome de Down. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. 3(7) 20-28.
Paiva, R. R., dos Santos Alves, I., de Paula Monteiro, C., & Morato, M. P. (2021). Dança e Síndrome de Down: Uma revisão sistemática. Revista da Associação Brasileira de Atividade Motora Adaptada, 22(1), 217-234.
Pereira, W. J. G., Ribas, C. G., Junior, E. C., Domingos, S. C. P., Valerio, T. G., & Gonçalves, T. A. (2019). Fisioterapia no tratamento da síndrome da trissomia da banda cromossômica 21 (Síndrome de Down): Revisão Sistemática. Revista Eletrônica Acervo Saúde, (28), e714-e714.
Pinero-Pinto, E., Benítez-Lugo, M. L., Chillón-Martínez, R., Rebollo-Salas, M., Bellido-Fernández, L. M., & Jiménez-Rejano, J. J. (2020). Effects of massage therapy on the development of babies born with Down syndrome. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine.
Raghupathy, M. K., Divya, M., & Karthikbabu, S. (2022). Effects of traditional Indian dance on motor skills and balance in children with Down syndrome. Journal of Motor Behavior, 54(2), 212-221.
Ruiz‐González, L., Lucena‐Antón, D., Salazar, A., Martín‐Valero, R., & Moral‐Munoz, J. A. (2019). Physical therapy in Down syndrome: systematic review and meta‐analysis. Journal of Intellectual Disability Research, 63(8), 1041-1067.
Santos, C. C. T., Rodrigues, J. R. S. M., & Ramos, J. L. D. S. (2021). A atuação da fisioterapia em crianças com síndrome down. Revista JRG de Estudos Acadêmicos, 4(8), 79-85.
Schlittler, D. X. C., Lopes, T. F., Raniero, E. P., & Barela, J. A. (2011). Efeito da intervenção em esteira motorizada na aquisição da marcha independente e desenvolvimento motor em bebês de risco para atraso desenvolvimental. Revista Paulista de Pediatria, 29, 91-99.
Sotoriva, P., & Segura, D. D. C. A. (2013). Aplicação do método Bobath no desenvolvimento motor de crianças portadoras de síndrome de down. Saúde e Pesquisa, 6(2).
Teixeira, E., Medeiros, H. P., Nascimento, M. H. M., Silva, B. A. C. e, & Rodrigues, C. (2014). Integrative literature reviewstep-by-step & convergences with other methods of review / Revisão Integrativa da Literatura passo-a-passo & convergências com outros métodos de revisão. Revista de Enfermagem Da UFPI, 2(5), 3.
Torquato, J. A., Lança, A. F., Pereira, D., Carvalho, F. G., & Silva, R. D. D. (2013). A aquisição da motricidade em crianças portadoras de Síndrome de Down que realizam fisioterapia ou praticam equoterapia. Fisioterapia em movimento, 26, 515-525.
Verissimo, T. C. R. A. (2021). Diagnóstico e classificação da Síndrome de Down. In: Universidade Aberta do SUS. Universidade Federal do Maranhão. Atenção à Pessoa com Deficiência I: transtornos do espectro do autismo, síndrome de Down, pessoa idosa com deficiência, pessoa amputada e órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção. Atenção à Pessoa com Síndrome de Down. São Luís: UNA-SUS; UFMA.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Moralis de Lima Santos; Paolo Porciuncula Lamb
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.