Revisão bibliográfica: Aplicações e recomendações acerca do uso da ressonância magnética no manejo da cardiopatia isquêmica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i12.43901Palavras-chave:
Isquemia; Infarto; Ressonância magnética.Resumo
O estudo se concentra nas aplicações da ressonância magnética (RM) no contexto das cardiopatias isquêmicas e avalia sua precisão como método de diagnóstico. Foram conduzidas pesquisas no PubMed, EBSCO e Medline, além de consulta a dados do Ministério da Saúde do Brasil. As cardiopatias isquêmicas são uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo, afetando principalmente pessoas entre 60 e 69 anos, com maior incidência em homens, especialmente na região sudeste do Brasil. Apresenta grande espectro patológico e clínico, como angina pectoris, infarto agudo do miocárdio e miocardiopatia isquêmica. Nesse sentido, a RM desempenha um papel crucial no diagnóstico e prognóstico das cardiopatias isquêmicas. Ela permite avaliar a função ventricular, identificar áreas com baixa perfusão, caracterizar áreas com necrose e fibrose e determinar a viabilidade do tecido miocárdico. Também é usada para avaliar a perfusão miocárdica, utilizando medicamentos vasodilatadores para detectar anormalidades patológicas. Foi analisado que a acurácia diagnóstica da RM no contexto das cardiopatias isquêmicas, considerando as variadas técnicas disponíveis, é elevada e satisfatória. Além do diagnóstico, a RM também desempenha um papel prognóstico, com pacientes com resultados normais tendo menos eventos cardíacos ao longo do tempo. Portanto, a RM desempenha um papel crucial na avaliação das cardiopatias isquêmicas, oferecendo vantagens significativas em termos de diagnóstico e prognóstico em comparação com outros métodos de imagem. Ela permite avaliar a função cardíaca, identificar áreas com deficiência de perfusão e caracterizar tecidos afetados, tornando-se uma ferramenta valiosa no tratamento e monitoramento dessas condições cardiovasculares.
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