Farmacoterapia e resistência antimicrobiana em pacientes hospitalizados em unidade de terapia intensiva
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i12.43991Palavras-chave:
Antibacterianos; Unidades de terapia intensiva; Farmacorresistência bacteriana.Resumo
O presente estudo visa identificar o perfil de resistência antibacteriana na farmacoterapia utilizada em pacientes de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de um hospital particular de Cascavel – PR. Como objetivo, tem-se a identificação das principais bactérias resistentes, a antibioticoterapia utilizada e definição do perfil de resistência, dos microrganismos identificados. Este estudo se caracteriza como observacional transversal retrospectivo, elaborado a partir de exames realizados em pacientes internados em uma UTI de um hospital particular de Cascavel – PR, no período de 2020 a 2021. Teve como resultados, uma maior prevalência de infecção em pacientes do sexo masculino (65,42%) e um maior índice de casos a partir de 49 anos de idade. A amostra biológica utilizada, em ambos os anos analisados foi de secreção traqueal com 61,82% em 2020 e 48,08% em 2021.e um total de 14 espécies de bactérias isoladas. Observou-se uma prevalência da Klebsiella pneumoniae com 36,64% do total de culturas positivas no período, seguida por Pseudomonas aeruginosa (18,69%) e Staphylococcus aureus (11,21%). Em relação à resistência aos antibióticos, a K. pneumoniae apresentou uma média de 62% aos medicamentos utilizados no seu tratamento, acompanhada por P. aeruginosa com 57% de média de resistência, e S. aureus apresentou 73,5%. A grande prevalência de resistência aos antibióticos na UTI desta instituição, sugere a necessidade de melhoria na vigilância e controle das infecções, este estudo oferece dados para melhoria da prática clínica bem como da gestão de infecções no setor de internamento.
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