Análises físicas, bromatológicas, fitoquímicas e toxicológicas da Hylocereus polyrhizus

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i12.44014

Palavras-chave:

Pitaya vermelha; Bromatologia; Compostos bioativos; Toxicidade.

Resumo

A pitaya-rosa de polpa vermelha também chamada apenas de “pitaya vermelha” (Hylocereus polyrhizus) destaca-se entre muitas espécies devido a abundância de componentes existentes em sua casca e polpa. O objetivo deste trabalho é executar análises físicas, bromatológicas, fitoquímicas e toxicológicas em busca de obter dados e comprovações científicas dos compostos bioativos existentes no fruto da espécie Hylocereus polyrhizus. Os estudos realizados são de natureza experimental e mista, quantitativo e qualitativo, exercidos sobre amostras obtidas na Cidade de Belém, no Estado do Pará. A pitaya é uma fruta cítrica que contém compostos bioativos e essenciais que puderam ser confirmados nas análises como alcalóides, flavonóides, saponinas e antraquinonas, além de quantidades consideráveis de ácido ascórbico (vitamina C). Quanto ao teor de sólidos solúveis, a média observada foi de 3.43 (21°C) Brix e pH de 4.21 com a presença positiva de açúcares redutores. O carácter físico do fruto se mostrou promissor quando comparado a outras literaturas, com médias de diâmetro razoavelmente superiores a espécies de outras regiões com 83,47mm, algo que beneficia o comércio e consumo. No entanto, a ingestão exagerada de um alimento por parte da população pode acarretar quadros de toxicidade no organismo, sendo viável que pesquisas toxicológicas como a determinação de metemoglobina demostrarem a confiabilidade de espécies exóticas como a pitaya, por conter concentrações seguras desta molécula, com uma média máxima de 1,85% contra 2% do parâmetro aceitável. Em vista disso, é importante buscar e comprovar novas fontes de compostos químicos benéficos a serem utilizados, tanto para possíveis fins farmacêuticos quanto ao uso nutricional, através do consumo in natura do fruto.

Referências

Almeida, V. V et al. (2013). Análise Qualitativa de Proteínas em Alimentos por Meio de Reação de Complexação do Íon Cúprico. Revista Química Nova na Escola. 35(1):34-40

Bicca, M. L. (2.021) Revisão sobre a cultura da pitaya e concentrações de ácido bórico e temperaturas na conservação de grãos de pólen de diferentes espécies. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas - RS, 2021.

Camargo, T. M. et al. (2007). Estudo Comparativo entre duas técnicas de dosagem de metemoglobina (MeHB). Revista Brasileira de Análises Clínica. 39(2): 95-98

Chaves Neto, J. R. & Silva, S. de M. (2019). Caracterização física e físico-química de frutos de Spondias Dulcis Parkinson de diferentes microrregiões do estado da Paraíba. Colloquium Agrariae. 15(2): 18–28.

Costa, J. O. (2016). Determinação do teor de vitamina C em polpas de frutas congeladas por Iodimetria: Uma opção para o controle de qualidade? 2016 f.32. Graduação em Nutrição (UFP (Universidade Federal de Pernambuco). Pernambuco, 2016.

Cordeiro, M. H. M. et al. (2015) Caracterização física, química e nutricional da pitaia- rosa de polpa vermelha.Rev. Bras. Frutic. 37(1): 020-026.

Dias, P. S. M. (2016). Composição, atividade antioxidante, teor de compostos fenólicos e ecotoxicidade da polpa de frutos de pitaia branca (Hylocereus undatus) e pitaia vermelha (Hylocereus polyrhizus). Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora – MG, 2016.

Duarte, M. H. (2013) Armazenamento e qualidade de pitaia [Hylocereus undatus(Haw.) Britton & Rose] submetida a adubação orgânica. 113f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Lavras. Lavras, 2013.

Fernandes, L. M. de S. et al. (2017). Caracterização do fruto de pitaya orgânica. Biodiversidade. 16(1): 167–178

Ferreira, L. A. et al. (2017). Utilização de resíduos das agroindústrias de suco de abacaxi para a produção de bromelina. Revista Sítio Novo.1(16):247- 57.

Ferreira, L. (2018). Caracterização anatômica e fitoquímica da Physalis angulata L. e seu efeito sobre células de indivíduos com mielopatia associada ao htlv-1. Bahia 2018.

Giannoni, J. A. et al (2022). Caracterização física, química, bioquímica e microbiológica da pitaya vermelha (Hylocereus costaricensis) minimamente processada armazenada sob refrigeração. Brazilian Journal of Animal and Environmental Research, 5(1), 438–449.

Gomes, N. M., Martins, R. L. & Almeida, S. S. M. da. S. (2017). Análise preliminar fitoquímica do extrato bruto das folhas de Nephrolepis pectinata. Estação Científica (UNIFAP). 7(1): 77-85.

Gonçalves, A. N. P. et al (2016). Caracterização fitoquímica e atividade antimicrobiana de extratos de Solanum subinerme (Solanaceae). Rev. Bras. Pesq. Saúde. 18(2): 8-16

IAL. (2008). (Instituto Adolfo Lutz). Métodos físico-químicos para análise de alimentos. (4a ed.), IAL, 2008. 1018p.

Klaassen, C. D. (2008). Casarett & Doull´s Toxicology: The Basic Science of Poison. (7a ed.) McGraw Hill.

Lima, M. A. C. (2021). Teor de sólidos solúveis. EMBRAPA. 2021. https://www.embrapa.br/agencia-de-informacaotecnologica/cultivos/manga/producao/colheita/indicadores/teor-de-solidos-soluveis.

Lira, S. M. et al (2019). Caracterização fitoquímica dos extratos bruto e aquoso da polpa e da casca de pitaya vermelha (Hylocereus polyrhizus). A Face Multidisciplinar das Ciências Agrárias 4. Capitulo 8, p.67-78. https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/211201/1/CLV19050.pdf

Lira, S. M. et al. (2020). Merabolic profile of pitaia (Hylocereus polyrhizus (F. A. C. Weber) Britton & Rose) by UPCL-QTOF-MSE and assessment of its toxicity and anxiolytic like-effect in adult zebrafish. Food Research International. 127:108701

Lopes, M. R. S. et al. (2022). Espécies e aplicações tecnológicas da pitaia: uma revisão. Multitemas, 27(67): 167-187.

Maciel, M. P, Tavares, M. L, Quemel, G. K. C., & Rivera, J. G. B. (2021). Análises físicas, bromatológicas, fitoquimicas e toxicológicas do fruto da planta Physalis angulata Lin. International journal of Development Research. 11(03): 45488-45493

Menezes, P. et al. (2015). Características físicas e físico-químicas de pitaia vermelha durante a maturação. Semina: Ciências Agrárias. 36(2): 631-644.

Moreira, et al. (2021). Determinação Do Teor De Cinzas Em Alimentos E Sua Relação Com A Saúde. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. 7(10): 3041–3053

Oliveira, A. A. L. A. (2018). Caracterização agronômica do camapu (Physalis angulata L.), qualidade pós-colheita e aproveitamento tecnológico dos frutos. 2018. f. 105. Mestrado Agricultura no Trópico Úmido (Ministério da ciência, tecnologa, inovação e comunicações instituto nacional de pesquisas da Amazônia- INPA programa de pós-graduação em agricultura no tropico úmido). Manaus, Amazonas, 2018.

Paraná. (2020) DERAL - Departamento de Economia Rural. Fruticultura: análise da conjuntura. Prognóstico. https://www.agricultura.pr.gov.br/sites/default/ arquivos_restritos/files/documento/202 0-01/fruticultura_2020.pdf

Pereira, A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM. 119f.

Rocha, L. J. F. G., Godoy, R. L. O. & Cunha, C. P. (2020) Estudo de alguns compostos bioativos das pitaias de polpas branca e vermelha (Cereus undatus, Sinonímia:Hylocereus guatemalensis, Hundatus). Brazilian Journal of Development. 6(9): 66217-66223.

Rocha, S. C. V. (2022). Elaboração e estabilidade de kefir adicionado de pitaia vermelha. 2022. 60f. Monografia (Graduação em Biotecnologia), Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Universidade Federal do Cerará, Fortaleza-CE, 2022.

Rodrigues, A. M., Soares Junior, R. G. & Souza, G. O. (2021). Avaliação do perfil químico e biológico de frutos de Hylocereus polyrhizus. Research, Society and Development. 10(9): e47110918290

Santos, F. S. et al. (2017). Estudo do potencial de betalaínas nas cascas da pitaya. IN: CONAPESC – II Congresso Nacional de Pesquisas e Ensino em Ciências. Campina Grande/PB, 2017.

Sarmento, J. D. A. (2017) Qualidade, compostos bioativos e conservação da pitaia (Hylocereus polyrhizus) no semiárido Brasileiro. Tese (Doutorado). 145f. UFERSA. Mossoró, 2017.

Sato, S. T. A. et al. (2014). Caracterização física e físico-química de pitayas vermelhas (Hylocereus costaricensis). Journal of Bioenergy and Food Science. 1(2): 46-56

Sena, S. B. et al (2016). Plantas Tóxicas: Análise In Loco Da Existência No Bairro Areal Em Porto Velho – RO. Saber Científico. 1(1): 1-13.

Silva, B. C., et al. (2015). Adaptation of method of analysis of methemoglobin as a biomarker of effect of exposure to the pesticide diflubenzuron. Revista Quim. Nova, 38(4), 533-537

Silva, J. T. L. (2009). et al. Química dos alimentos: aula experimental na graduação como ferramenta facilitadora para o processo ensino- aprendizagem. In: IX Jornada de ensino, pesquisa e extensão, 2009, Recife.

Silva-Matos, R. R. S et al. (2020). Tecnologia de Produção em Fruticultura 2. Atena Editora, 2020.

Silva, F. T. S. (2021). Efeito hipoglicemiante do extrato concentrado de pitaia vermelha (Hylocereus spp.) em modelo de zebrafish (Danio rerio). Dissertação (Mestrado em em Tecnologia de Alimentos), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Campus Limoeiro do Norte, 2021.

Silva, P. M., Matias, R., & Oliveira, A. D. M. (2021). O Efeito de Substratos Orgânicos no Crescimento Inicial de Pitaya Vermelha Cultivada em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Uniciências, 24(1): 51–57

Simões, C. M. O. et al. (2001). Farmacognosia: da planta ao medicamento. (3a ed.), Editora da Universidade UFRGS/ Editora da UFSC, Capítulo 11, p.185-196.

Downloads

Publicado

16/11/2023

Como Citar

SILVA, J. P. da .; BARBOSA, M. L. P. .; VIEIRA, P. H. R.; RIVERA, J. G. B. .; MOREIRA, D. R.; QUEMEL, G. K. C. Análises físicas, bromatológicas, fitoquímicas e toxicológicas da Hylocereus polyrhizus. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 12, p. e83121244014, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i12.44014. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/44014. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde