Infecções hospitalares em UTIs e sua relação com a higienização das mãos em um hospital universitário do Nordeste: Estudo epidemiológico
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i13.44287Palavras-chave:
Unidade de terapia intensiva; Infecção hospitalar; Desinfecção das mãos.Resumo
Objetivo: Investigar o perfil epidemiológico das IRAS na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um Hospital de Referência do Nordeste. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa, que tem a utilidade de observar e obter dados fidedignos para a pesquisa com intuito de que no fim possa concluir com dados confiáveis. Resultado: Entre os participantes teve predomínio o sexo masculino e da faixa etária que compreende os idosos – adultos. A especialidade que obteve o índice mais elevado de pacientes foi a clínica medica e logo em seguida a de cardiologia. A infecção com maior prevalêncoa foi a pneumonia associado à ventilação mecânica (PAV) laboratorial (43,0%) dentre o total de infecção. Chama-se atenção também a infecção primária de corrente sanguínea (IPCSL), sendo (15,3%) IPCSL piogênico e 3 (2,3%) IPCSL contaminante e a infecção do trato urinário (ITU) (13,0%). Os microorganismo isolado mais prevalente foi pseudomonas aeruginosa (28,3%), e em seguida klebsiella pneumoniae (18,3%), acinetobacter baumannii (15,8%). Sobre a taxa de adesão a higienização das mãos no ano 2022 com a mediana de 66,0%. Já no ano de 2023 entre os meses de janeiro a julho a mediana foi de 62,8%. Conclusão: Os números de pacientes com IRAS ainda são altos. Com isso, é importante ressaltar sobre o controle e prevenções de IRAS seguindo os protocolos de segurança do paciente, considerando que estas infecções estão diretamente ligadas a qualidade prestada na assistência.
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