A análise de conteúdo na inflexão do contexto social no Investimento Social Privado (ISP), Responsabilidade Social Corporativa (RSC) e Environmental Social and Governance (ESG)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i14.44379

Palavras-chave:

Investimento social privado; Responsabilidade social corporativa; Ambiental social governança.

Resumo

Na abordagem do dinamismo de um determinado problema social, há várias técnicas de análise. A finalidade deste artigo é abordar a técnica Análise de Conteúdo aplicada nos constructos apresentados. Como objetivo geral, buscou verificar se o ISP, a RSC e o ESG se relacionam e se suas inflexões são proativas ou defensivas no contexto da inovação social. Especificamente buscou compreender essa inflexão com base na Análise de Conteúdo desenvolvida por Bardin. O relatório Brundtland indicou que a pobreza dos países do Terceiro Mundo e o consumismo elevado dos países do Primeiro Mundo representavam as causas fundamentais que impediam um desenvolvimento igualitário no mundo e, consequentemente, produziam graves crises ambientais e sociais. Este pensamento, provocou mudanças de comportamento na sociedade das empresas, onde começaram a pautar as prioridades no contexto de Responsabilidade Social Corporativa (RSC), Investimento Social Privado (ISP) e, por fim, o tão falado Environmental Social and Governance (ESG). Conclui-se que a dimensão social entendida neste estudo, assume a preocupação com as demandas não satisfeitas da sociedade, provocando, assim, a sociedade civil a se con­centrar em melhorias de determinadas localidades a partir do seu envolvimento nos processos de desenvolvimento econômico e social, por meio da cooperação entre os atores envolvidos e na formalização de redes ou parcerias sociais. Espera-se contribuir no esclarecimento das peculiaridades dos assuntos levantados e analisado por essa técnica, demostrando assim suas peculiaridades e responsabilidades no que concerne ao tão chamado de inovação social.

Biografia do Autor

Cristiano Melo Reinaldo, Universidade Estadual do Ceará

Doutor em Administração (UECE); Avaliador INEP|MEC; Escritor; Membro da Academia de  CiênciasContábeis do Estado do Ceará (ACCEC/Imortal Cátedra 17); Membro da Associação Interamericana deContabilidade (AIC); Embaixador Interamericano da XXXII Conferência Interamericana de Contabilidade (CIC2017); Presidente do Conselho Fiscal no Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT/CE 2014/2016);Conselheiro do Conselho Estadual de Defesa do Contribuinte (CONDECON/CE 2015/2017); Conselheiro doConselho Regional de Contabilidade do Ceará (CRCCE 2014/2017); Conselheiro da Associação dos Contabilistasdo Estado do Ceará (ACONTECE 2016/2017); Membro do Conselho Universitário da Universidade Federal doCeará (CONSUNI/UFC 2015); Palestrante nos Congressos Online Brasileiro De Contabilidade (CONBCON 2018 à2021); Congresso Nacional De Contabilidade (CONACONTABIL 2015 à 2017); Mostra De Responsabilidade Social(2017); Seminário Inovação, Tecnologia e Oportunidades Digitais (2016). Avaliador Técnico Ad Hoc do XIICongresso ANPCONT (2018 e 2020); Avaliador Técnico Ad Hoc dos Congressos Internacionais da Universidadede São Paulo (USP 2015 à 2023); Avaliador Técnico Ad Hoc e Coordenador de Sessão de Apresentações dosTrabalhos do 20 Congresso Brasileiro de Contabilidade do Conselho Federal de Contabilidade (CBC /CFC 2016);Avaliador Técnico Ad Hoc do Encontro Maranhense de Contabilidade (EMAC/CRCMA 2015); Avaliador Técnico AdHoc do Encontro Nordestino de Contabilidade (ENECON/CRCPE 2014); Avaliador Técnico Ad Hoc do CongressoBrasileiro de Custos da Associação Brasileira de Custos (ABC/CBC 2013); Parecerista Nacional dos Cursos deBacharelado em Administração, Administração com Foco em Gestão Pública e Ciências Contábeis promovido peloESTADÃO (2019 até o presente); Parecerista Nacional dos Cursos de Bacharelado em Administração,Administração com Foco em Gestão Pública e Ciências Contábeis promovido pelo Guia do Estudante da EditoraAbril (2013 à 2018). Professor-Pesquisador dos Grupos de Pesquisa UFC/CAPES. Possuo ainda experiências emEducação a Distância, Ambientes Virtuais de Aprendizagem e Ferramentas Digitais Educativas. Outras atividadesexercidas como Auditor, Perito Contador e Consultor Empresarial.

Francisco Roberto Pinto, Universidade Estadual do Ceará

Tem pós-doutorado em Administração pelo PROPAD da Universidade Federal de Pernambuco (2013), éDoutor em Gestão de Empresas pela Universidade de Coimbra (2008), Doutor em Administração pelaUniversidade Federal da Paraíba (2004), Mestre em Administração pela Universidade Federal da Paraíba (1983),Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Estadual do Ceará (1974) e Licenciado em Músicapela Universidade Estadual do Ceará (1998). É aposentado do Banco do Nordeste do Brasil, onde ocupoufunções técnicas e gerenciais, principalmente nas áreas de Tecnologia da Informação e Recursos Humanos. ÉProfessor dos cursos de Graduação, Mestrado e Doutorado em Administração da Universidade Estadual do Ceará(UECE) e Coordenador do Laboratório de Gestão da Responsabilidade Socioambiental e Sustentabilidade; foiCoordenador do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA - Mestrado e Doutorado). É Membro doConselho Diretor do Instituto Desenvolvimento, Estratégia e Conhecimento (IDESCO). Publica e colabora comoavaliador para vários periódicos científicos e vários eventos. É Membro do Conselho Editorial da Revista Gestãoem Análise - ReGEA (ISSN 1984-7297 e-ISSN 2359-618X Brasil) e da Revista de Administração Geral - RAG (ISSN2447-8008 Portugal) Publicou os livros: Planejamento de Sucessão e Desenvolvimento Gerencial, Espiritualizaçãonas Organizações, Evasão Fiscal como Estratégia. Atua em projetos de melhoria e implementação em GestãoPública e Privada. Temas de interesse como pesquisador: Gestão Estratégica, Gestão de Cidades,Responsabilidade Socioambiental e Sustentabilidade. É Membro Fundador da Academia Cearense deAdministração (ACAD) e membro da Associação dos Administradores do Estado do Ceará (AADECE).

Referências

Abdo, H., Mangena, M., Needham, G., & Hunt, D. (2018). Disclosure of provisions for decommissioning costs in annual reports of oil and gas companies: A content analysis and stakeholder views. Accounting Forum, 42(4), 341-358.

Abdullah, M., Hamzah, N., Helmi, M., Tseng, M.-L., & Brander, M. (2019). The Southeast Asian haze: The quality of environmental disclosures and firm performance. Journal of Cleaner Production.

Akhtaruddin, M., Hossain, M. A., Hossain, M., & Yao, L. (2019). Corporate governance and voluntary disclosure in corporate annual reports of Malaysian listed firms. Journal of Applied Management Accounting Research, 7(1), 1.

Bardin, L. (2018). Análise de conteúdo. Edições 70, LDA, (5a ed.), Autores Associados.

Bernardes, R., Borini, F. & Figueiredo, P. N. (2020). Inovação em Organizações de Economias Emergentes. Cadernos EBAPE. BR. 17, 886-94.

Borini, F. M., Costa, S., Bezerra, M. A. & Oliveira Jr., M. M. (2014). Reverse innovation as an inducer of centres of excellence in foreign subsidiaries of emerging markets. International Journal of Business and Emerging Markets. 6 (2), 163-82.

Borini, F. M., Costa, S. & Oliveira Jr., M. D. M. (2016). Reverse innovation antecedents. International Journal of Emerging Markets, 11(2), 175-189.

Carroll, A. B. (1999). Corporate social responsibility: evolution of a definitional construct. Business & Society, 38(3), 268-295.

Cassiolato, J. E. & Lastres, H. M. M. (2000). Sistemas de inovação: políticas e perspectivas. Revista Parcerias Estratégicas, (8), 237-255.

Céfaï, D & Pasquier, D. (2013). Les sens du public. Paris. PUF. GRI – Global Reporting Initiative. Manual de Implementação. 2013. https://www.globalreporting.org/resourcelibrary/Brazilian-Portuguese-G4-Part-wo.pdf.

Demajoravic, J. (2001). Sociedade de Risco e Responsabilidade Socioambiental: perspectivas para a educação corporativa. Edição Serviço Nacional do Comércio (Senac).

Drucker. P. F. (2017). The Theory of the Business. Harvard Business Review Classics.

Dye, R. A. (2001). Uma avaliação de “ensaios sobre divulgação” e a literatura sobre divulgação em contabilidade. Journal of Accouting and Economics, 32(1-3), 181-235.

Eugénio, T. (2011). Contabilidade Ambiental. Verlag Dashofer.

Freeman, R. E. (1984). Strategic management: A stakeholder approach. Pitman.

Frederick, W. C. (1960). The growing concern over business responsibility. California Management Review, 2(4), 54-61

Garcia, E. A. R., Carvalho, G. M., Boaventura, J. M. G., & Souza, J. M., filho. (2021). Determinants of corporate social performance disclosure: A literature review. Social Responsibility Journal, 17(4), 445-468.

Glavas, A., & Piderit, S. K. (2012). How does doing good matter? Effects of corporate citizenship on employees. Journal of Corporate Citizenship, 36: 51-70.

Govindarajan, V., & Trimble, C. (2012). Reverse innovation: create far from home, win everywhere. Boston: Harvard Business School Publishing.

Gray, R.H., Kouhy, R. & Lavers, S. (1995), “Constructing a research database of social and environmental reporting by UK companies: a methodological note”, Accounting, Auditing & Accountability Journal, 8(2), 78-101.

Global Reporting Initiative (2006). Diretrizes para relatório de sustentabilidade versão 3.0. GRI.

Guidry, R. E & Patten, D. (2010). Market reactions to the first-time issuance of corporate sustainability reports: Evidence that quality matters. Sustainability Accounting, Management and Policy Journal, 1: 33-50.

Gumusluoglu, L. E., & Ilsev, A. (2009). Liderança transformacional, criatividade e inovação organizacional. Journal of Business Research, 62(4), 461-473.

Gupta, S. (2019). Understanding the feasibility and value of grassroots innovation. Journal of the Academy of Marketing Science, 1-25.

Howaldt , J., & Schwarz, M. (2018). Social Innovation: Concepts, research fields and international trends. Trend Study of the International Monitoring Project (IMO).

Jia, X., Chen, J., Mei, L. & Wu, Q. (2018). Como a liderança importa na inovação organizacional: uma perspectiva de abertura. Revista Decisão da Administração, 56(1), 6-25.

Katz, J. (1986). Importación de tecnología, aprendizaje y industrialización dependiente. México: Fondo de Cultura Económica.

Kolk, A. (2004). A decade of sustainability reporting: developments and significance International. Journal of Environment and Sustainable Development, 3(1): 51-63.

Lemos, C. (2000). Inovação na era do conhecimento. Revista Parcerias Estratégicas, (8), 157-179.

Lindblom, C. K. (1994). The implications of organizational legitimacy for corporate social performance and disclosure. Critical Perspectives on Accounting. In: Critical Perspectives on Accounting Conference. New York.

Malerba, F. (2002). Sectorial systems of innovation and production. Research Policy, 31, 247-264.

McGuire, J. B., Sundgren, A., & Schneeweis, T. (1988) Corporate social responsibility and firm financial performance. Academy of Management Journal, 31: 854-872.

Minayo, M. C. S. (2007). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Ed. Vozes, 9-29.

Moraes, R. (1999). Análise de conteúdo. Revista Educação, 22(3), 7-32.

Nelson, R. R. (2004). The changing institutional requirements for technological and economy catch up. In: DRUID Summer Conference 2004 on Industrial dynamics, innovation, and development. Anais. Elsinore: DRUID, 1-15.

Patton, M. Q. (2015). Pesquisa qualitativa e métodos de avaliação: Integrando teoria e prática. (4a ed.), Publicações SAGE, Inc.

Ponte, V. M. R., Albuquerque Filho, A. R., Sousa, A. L. C., Silveira Lopes, H. S., & Guimarães, D. B., (2019). Influência da Internacionalização e da Governança Corporativa na Responsabilidade Social Corporativa. Iberoamerican Journal of 4Strategic Management, 18(3), 397-419.

Santos, B. S. (2008). Um discurso sobre as Ciências na transição para uma ciência. Cortez.

Schumpeter, J. A. (1961). Capitalismo, socialismo e democracia. Fundo de Cultura.

Schumpeter, J. A. A (1985). Teoria do desenvolvimento econômico. Nova Cultural.

Shafique, I., Ahmad, B. & Kalyar Masood, N. (2019). Como a liderança ética influencia a criatividade e a inovação organizacional: examinando os mecanismos subjacentes. European Journal of Innovation Management, 23(1), 114-133.

Shankar, V., Narang, U. (2019). Emerging market innovations: Unique and differential drivers, practitioner implications, and research agenda. Journal of the Academy of Marketing Science, p. 1-23.

Silva, A. F. P., Araújo, R. A. M., & Santos, L. M. S. (2018). Relação da rentabilidade e o disclosure de provisões e passivos contingentes ambientais das empresas de alto potencial poluidor listadas na B3. Revista Catarinense da Ciência Contábil, 17(52), 101-118.

Triviños, A. N. S. (1987). Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. Atlas.

Veríssimo, C. (2010). Auditoria e Relatórios de Sustentabilidade. Comunicação apresentada no XIV Congresso de AECA.

Verrecchia, R. E. (2001). Essays on disclosure. Journal of Accounting and Economics, 32(1-3), 97-180.

Von Zedtwitz, M. A. (2015). Typology of reverse innovation. Journal of Product Innovation Management, 32(1), 12-28.

Zask, J. (2004). L’enquête sociale comme inter-objectivation. In : Karsenti, B. , QUÉRÉ, La Croyance et l’Enquête : Aux sources du pragmatisme. Paris. Ed. de l’EHESS.

Downloads

Publicado

14/12/2023

Como Citar

REINALDO, C. M. .; PINTO, F. R. . A análise de conteúdo na inflexão do contexto social no Investimento Social Privado (ISP), Responsabilidade Social Corporativa (RSC) e Environmental Social and Governance (ESG). Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 14, p. e26121444379, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i14.44379. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/44379. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais