Efeitos da Massagem Perineal na prevenção de laceração no parto vaginal: Uma revisão integrativa da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i14.44639Palavras-chave:
Massagem; Lacerações; Períneo; Parto normal.Resumo
Durante o parto vaginal pode ocorrer laceração e episiotomia devido a redução de flexibilidade da musculatura perineal durante a gestação. O alongamento muscular consequente à massagem perineal pode prevenir lesões no períneo. Portanto, objetivou-se analisar a eficácia da massagem perineal na prevenção de lacerações no parto vaginal. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, cuja busca foi realizada nas bases de dados Bireme, PubMed, PEDro e Google Scholar, onde foram selecionados artigos publicados no período de 2012 a 2022. Após leitura criteriosa, quatro artigos foram selecionados para compor a amostra do estudo. Dentre os resultados encontrados, a massagem perineal realizada a partir da 30ª ou 36ª semana gestacional atua na prevenção de lesões e disfunções do assoalho pélvico. Sendo assim, a massagem perineal pré-natal aumenta a chance de períneo íntegro, reduz a incidência de episiotomia e lacerações perineais e os seus graus de comprometimento, encurta a duração do segundo estágio do trabalho de parto, favorece a cicatrização de feridas perineais e a redução da dor perineal em 15 dias após o parto e pode minimizar a chance de desenvolver incontinência por flatos e aumentar a força dos músculos do assoalho pélvico.
Referências
Abdelhakim, A. M., Eldesouky, E., Elmagd, I. A., Mohammed, A., Farag, E. A., Mohammed, A. E., Hamam, K. M., Hussein, A. S., Ali, A. S., Keshta, N. H. A., Hamza, M., Samy, A & Abdel-Latif, A.A. (2020). Antenatal perineal massage benefits in reducing perineal trauma and postpartum morbidities: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. International Urogynecology Journal. 31(9):1735-1745.
Álvarez-González, M., Leirós-Rodríguez. R., Álvarez-Barrio. L & López-Rodríguez., A. F. (2021). Prevalence of Perineal Tear Peripartum after Two Antepartum Perineal Massage Techniques: A Non-Randomised Controlled Trial. Journal of Clinical Medicine, 10(21):4934. 10.3390/jcm10214934.
Baracho, S. M., Figueiredo, E. M., Silva, L. B., Cangus1su, I. C. A. G., Pinto, D. N., Souza, E. L. B. L. & Silva Filho, A. L. (2010). Influência da posição de parto vaginal nas variáveis obstétricas e neonatais de mulheres primíparas. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 9(4), 409-414.
Beckmann, M. M & Stock, O. M. (2013) Antenatal perineal massage for reducing perineal trauma. Cochrane Database, Syst Rev. (4):CD005123.
Borba, E. O., Amarante, M.V & Lisboa, D. D. J. (2021) Assistência fisioterapêutica no trabalho de parto. Fisioterapia e Pesquisa, 28 (3).
Cabral, A. L., de Freitas, S. S., Resende, A.P. M & Pereira-Baldon, V.S. (2022) A massagem perineal e o alongamento perineal assistido por instrumento com protocolo curto são eficazes para aumentar a extensibilidade muscular do assoalho pélvico? Um ensaio clínico randomizado. Fisioterapia, volume 102, edição 3, março.
Cavalcanti, A. C. V., Henrique, A. J., Brasil, C. M., Gabrielloni, M. C & Barbieri, M. (2019). Terapias complementares no trabalho de parto: ensaio clínico randomizado. Revista Gaúcha Enfermagem, 40:e20190026.
Chen, Q., Qiu, X., Fu, A & Han, Y. (2022). Effect of Prenatal Perineal Massage on Postpartum Perineal Injury and Postpartum Complications: A Meta-Analysis. Comput Math Methods Med, 3315638.
Dieb, A. S., Shoab, A. Y., Nabil, H., Gabr, A., Abdallah, A. A., Shaban, M. M. & Attia, A. H. (2020). Perineal massage and training reduce perineal trauma in pregnant women older than 35 years: a randomized controlled trial. International Urogynecology Journal, 31, 613–619.
Dönmez, S. & Kavlak, O. (2015) Efeitos da massagem perineal pré-natal e exercícios de Kegel na integridade da perina pós-natal. Saúde, 7, 495-505.
Elsebeiy, F.I. (2018). Comparação dos efeitos da massagem perineal pré-natal versus exercícios de Kegel no resultado do parto. Revista de Enfermagem e Ciências da Saúde, 7:43–53.
Freitas, S. S. de, Cabral, A. L., Pinto, R. M. C., Resende, A. P. M & Pereira-Baldon, VS (2019). Efeitos das técnicas de preparo perineal na extensibilidade tecidual e força muscular: um estudo piloto. International Urogynecology Journal, 30, 951–957.
Fritel, X. (2010). Périnée et grossesse. Gynécologie Obstétrique Fertilité, 38(5), 332-46.
Mendes, K.D.S., Silveira RCCP, Galvão CM (2008). Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, Out-Dez; 17(4): 758-64.
Klein, M. C., Gauthier, R. J,. Robbins, J. M., Kaczorowski, J., Jorgensen, S. H., Franco, E. D., Johnson, B., Gelfand, M. M., Duarte, E., Waghorn, K & Guralnick, M. S. (1994). Relação da episiotomia com trauma e morbidade perineal, disfunção sexual e relaxamento do assoalho pélvico. Jornal Americano de Obstetrícia e Ginecologia, 171 (3):591-8.
Lima, E. G. S., Pisco, D. D., De Oliveira, C., Batista, P. A., Francisco, R. P. V., & Tanaka, C. (2021). Intervenções fisioterapêuticas para os músculos do assoalho pélvico no preparo para o parto: revisão da literatura e proposta de manual de orientação. Fisioterapia Brasil, 22(2), 216-232.
Lopes, L. G., Maia., Balsells M. M. D., Vasconcelos C. T. M., Araújo T. L., Lima F. E. T & Aquino P. S. (2022). Can pelvic floor muscle training prevent perineal laceration? A systematic review and meta-analysis. International Journal of Gynecology & Obstetrics, 157(2):248-254.
Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. (2001). Management of third- and fourth-degree perineal tears following vaginal delivery. Guideline nº. 29. July.
Schantz, C. (2018). Quelles interventions au cours de la grossesse diminuent le risque de lésions périnéales? RPC Prévention et protection périnéale en obstétrique CNGOF. International Journal of Gynecology and Obstetrics, 46(12):922-927. French.
Scheiner, L., Crivelatti, I., Oliveira, J. M., Nygaard, C. C & Santos, T. G. (2018). Systematic review of pelvic floor interventions during pregnancy. International Journal of Gynecology and Obstetrics.
Signorello, L., Harlow, B., Chekos, A & Repke, J. (2001). Funcionamento sexual pós-parto e sua relação com o trauma perineal: um estudo de coorte retrospectivo de mulheres primíparas. Jornal Americano de Obstetrícia e Ginecologia, 184(5), 881-90.
Shiwa, S. R. Costa, L. O. P., Moser, A. D. L., Aguiar, I. C & Oliveira, L. V. F. (2011). PEDro: a base de dados de evidências em fisioterapia. Fisioterapia em Movimento, 24(3).
Takeuchi, S. & Horiuchi, S. (2017). Feasibility of a Smartphone website to support antenatal Perineal massage in pregnant women. BMC Pregnancy Childbirth, 17(1):354.
Teixeira, D., Marques, V. E. S., Andrade, D. S., Santos, F. C & Paulo, L. R. (2022). Massagem perineal como recurso fisioterapêutico para prevenção de laceração no parto vaginal: revisão de literatura. Research, Society and Development. 11 (9), e30911931791-e30911931791.
Ugwu, E. O., Iferikigwe, E. S., Obi, S. N., Eleje, G. U & Ozumba, B. C. (2018). Effectiveness of antenatal perineal massage in reducing perineal trauma and post-partum morbidities: A randomized controlled trial. Journal of Obstetrics and Gynaecology, 44(7):1252-1258.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Janaína Pontes de Lira; Maiara Monzani Santos; Cristhiane Yumi Yonamine
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
