Incidência de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) no Brasil entre os anos de 2018 a 2022 e suas correlações com a pandemia do COVID-19

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v13i2.44850

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral; AVCs; Sars-Cov-2; COVID-19; Brasil.

Resumo

O presente estudo apresenta uma análise abrangente acerca das tendências de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e da doença causada pelo vírus Sars-Cov-2, COVID-19, no Brasil de 2018 a 2022. Utilizando dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde do Brasil, foram examinados a incidência e a mortalidade dessas duas doenças em cada uma das cinco regiões do Brasil e, em seguida comparadas com a distribuição populacional do país. Nesse âmbito, observa-se flutuações tanto na incidência quanto na mortalidade no que tange a COVID-19 nas regiões brasileiras de 2020 a 2022. No geral, as proporções entre a incidência de AVCs e o tamanho populacional permaneceram estáveis em todas as regiões, ao passo que a distribuição de COVID-19 mostrou certas variações. Foi observado um aumento superior aos 10% no número de internações por AVCs em todos as cinco regiões no ano de 2022, em comparação ao ano inicial do estudo em 2018. Tal tendência foi consistente em todas as regiões, podendo dessa forma sugerir uma correlação entre o aumento no número de internações por AVCs associado à pandemia de COVID-19. Com base nisso, sugere-se a elaboração de mais trabalhos para se observar se tais tendências irão se manter com o passar dos anos. O objetivo do presente trabalho foi o de mensurar a variação da incidência e dos óbitos por AVC no Brasil de 2018 a 2022, e correlacioná-los com o pico da pandemia de COVID-19, analisando se houve correlação no aumento de caso das doenças.

Referências

Ananth, C. V. et al. (2023). Epidemiology and trends in stroke mortality in the USA, 1975-2019. Int J Epidemiol. 52(3):858-866. 10.1093/ije/dyac210.

ASA. (2022). Stroke. American Stroke Association (ASA). https://www stroke org/.

Brasil. (2023). COVID-19 casos e óbitos. Ministério da Saúde. infoms.saude.gov.br/extensions/COVID-19_html/COVID-19_html.html.

Caprio, F. Z., & Farzaneh, A. S. (2019). Cerebrovascular Disease. Medical Clinics of North America. 103 (2), 295–308, 10.1016/j.mcna.2018.10.001.

Feigin, V. L. et al. (2014). Global and Regional Burden of Stroke during 1990–2010: Findings from the Global Burden of Disease Study 2010. The Lancet. 383 (9913), 245–55. 10.1016/s0140-6736(13)61953-4.

PAHO/WHO. (2022). COVID-19 Situation Reports. Pan American Health Organization PAHO/WHO. www.paho.org/en/COVID-19-situation-reports

Finsterer, J. et al. (2022). Ischemic Stroke in 455 COVID-19 Patients. Clinics. 77. 10.1016/j.clinsp.2022.100012.

Estrela, C. (2018). Metodologia Científica: Ciência, Ensino, Pesquisa. Editora Artes Médicas.

Habas, K. et al. (2020). Resolution of coronavirus disease 2019 (COVID-19). Expert Rev Anti Infect Ther. 18(12), 1201-11. 10.1080/14787210.2020.1797487.

Hassan, M. et al (2021). Novel Coronavirus: A Review from Origin to Current Status of Therapeutic Strategies. Crit Rev Eukaryot Gene Expr. 31(3), 21-34. 10.1615/CritRevEukaryotGeneExpr.2021038075.

Kaur, M. et al. (2023). Early Stroke Prediction Methods for Prevention of Strokes. Behav Neurol. 10.1155/2022/7725597.

Kim, J. et al. (2019). Global Stroke Statistics 2019. International Journal of Stroke. 15 (8). 10.1177/1747493020909545.

Liu, X. et al. (2020). COVID-19: Progress in diagnostics, therapy and vaccination. Theranostics. 10(17),7821-7835. 10.7150/thno.47987.

Merchán-Haman, E. & Tauil, P. L. (2021). Proposta de classificação dos diferentes tipos de estudos epidemiológicos descritivos. Epidemiol. Serv. Saúde. 30 (1). https://doi.org/10.1590/s1679-49742021000100026.

Murray C. J. L. et al. (2012) Disability-adjusted life years (DALYs) for 291 diseases and injuries in 21 regions, 1990-2010: A systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010. The Lancet. 380(9859), 2197–2223. 10.1016/S0140-6736(12)61689-4. 2012.

Nuzzo, D. et al. (2021). Post-Acute COVID-19 Neurological Syndrome: A New Medical Challenge. Journal of Clinical Medicine. 10(9), 1947. 10.3390/jcm10091947.

Potter, T. B. H., Tannous, J., & Vahidy, F. S. (2022). A Contemporary Review of Epidemiology, Risk Factors, Etiology, and Outcomes of Premature Stroke. Curr Atheroscler Rep. 24 (12), 939-948. 10.1007/s11883-022-01067-x.

Rimmele, D. L., & Thomalla, G. (2022). Langzeitfolgen von Schlaganfällen [Long-term consequences of stroke]. Bundesgesundheitsblatt Gesundheitsforschung Gesundheitsschutz. 65(4), 498-502. 10.1007/s00103-022-03505-2.

Saini, V. et al. (2021). Global Epidemiology of Stroke and Access to Acute Ischemic Stroke Interventions. Neurology. 97(20), 6-16. 10.1212/WNL.0000000000012781.

Spencer S. (2013). Global Burden of Disease 2010 Study: A personal reflection. Global Cardiology Science and Practice. (2), 115-126. 10.5339/gcsp.2013.15.

Tian, D., et al. (2022). The Emergence and Epidemic Characteristics of the Highly Mutated SARS‐CoV‐2 Omicron Variant. Journal of Medical Virology. 94 (6), 2376-83. 10.1002/jmv.27643.

Tu, W. J. et al. (2023). China stroke surveillance report 2021. Military Medical Research. 10(33). 10.1186/s40779-023-00463-x.

Zhou, P. et al. (2020). A Pneumonia Outbreak Associated with a New Coronavirus of Probable Bat Origin. Nature. 579 (7798), 270–3. 10.1038/s41586-020-2012-7.

Downloads

Publicado

11/02/2024

Como Citar

LINDEN, D. J. N.; OLIVEIRA, C. V. de .; SILVA, H. G. T. da .; OLIVEIRA, G. S. de .; PERON, C. S. . Incidência de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) no Brasil entre os anos de 2018 a 2022 e suas correlações com a pandemia do COVID-19. Research, Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 2, p. e4113244850, 2024. DOI: 10.33448/rsd-v13i2.44850. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/44850. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde