Amigo imaginário: Vivências infantis à subjetividade dos adultos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i2.45070Palavras-chave:
Infância; Amigo imaginário; Professores; Vivências; Desenvolvimento do eu.Resumo
O brincar da criança, alinhado à fantasia, é um recurso utilizado como forma de internalização e expressão do mundo externo. Dentre as formas de imaginação, se encontra o amigo imaginário, o qual simboliza companhia, diversão, amparo, segurança e afetividade. Considerando que se encontraram poucos estudos brasileiros existentes sobre tema, o trabalho objetiva extrair as contribuições da companhia imaginária sobre a construção da subjetividade do adulto e colaborar para o avanço e expansão dos estudos nacionais. A pesquisa foi realizada com quatro professoras do ensino fundamental de uma Escola Estadual da cidade de Patos de Minas-MG, que se recordavam dessa experiência. Para isso, utilizou-se de entrevista estruturada oral, sem gravação, contendo 20 questões; e como forma complementar e de livre expressão, um diário de bordo. Os resultados colhidos sobre o amigo imaginário confirmam o papel de mediador que as crianças encontram para lidar e externar seus conteúdos psicoemocionais, representar vivências infantis e suportar episódios traumáticos que ficam por toda a vida. Portanto, conclui-se que a subjetividade dos adultos está intimamente cambiada pelas experiências infantis e sua capacidade criativa, sendo que as vivências das etapas do desenvolvimento interdependem umas das outras, quando são múltiplos os benefícios do amigo imaginário para a fase adulta, como: doce e travessa companhia para o brincar, partilha de segredos infantis, realização de desejos e sonhos.
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