Políticas de currículo e formação docente: Entre perspectivas reformistas e possibilidades em contexto democrático
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i3.45152Palavras-chave:
Políticas educacionais; Reforma curricular; Formação docente.Resumo
O trabalho buscou analisar as proposituras das reformas educacionais a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), seus desdobramentos, atravessamentos no currículo e na formação de professores(as) no contexto neoliberal. Assim, nos ancoramos nos estudos de Ball, Apple, Arroyo, Aguiar e Dourado, para compreendermos a cinesia reformista na educação e sua relação com os imperativos das políticas econômicas, que desconsidera a cultura e a diversidade da escola pública, as necessidades e condições reais dos estabelecimentos de ensino. Metodologicamente, a pesquisa apresenta abordagem qualitativa. Objetivamente é exploratória, e documental quanto as fontes, visto que intentamos compreender o fenômeno doravante ao contexto sociopolítico. Destarte, apontamos a desvalorização das experiências dos profissionais que trabalharam na escola, compreendendo a BNCC como um documento homogêneo, prescritivo e (re)produtor de desigualdades. Assim, observou-se há discrepância entre o que o documento exige e realidade das escolas públicas brasileiras. No entanto, a partir da mudança do contexto político, houve abertura para diálogo e discussão acerca da necessidade de revogação da BNC-Formação.
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