Uso de recordação ativa entre estudantes de medicina: Um estudo transversal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v13i3.45200

Palavras-chave:

Aprendizagem; Educação médica; Estudantes de medicina; Ensino; Ensino em saúde.

Resumo

Introdução: O conhecimento médico está em constante evolução. A retenção de informações, objetivando a manutenção a longo prazo é essencial, mas muitos não conhecem ou possuem dificuldades na aplicação de técnicas de estudo eficientes. A prática de recuperação ativa pode melhorar o aprendizado, mas os estudantes muitas vezes não a empregam eficazmente. Objetivo: Este estudo tem como objetivo avaliar o conhecimento e uso de técnicas ativas de estudo por estudantes de medicina em um Centro Universitário no Ceará. Material e métodos: Foi realizado um estudo transversal observacional quantitativo, no período de março a junho de 2023, com alunos dos quatro primeiros anos de um curso de Medicina em um Centro Universitário no estado do Ceará. Além de dados demográficos, havia perguntas relacionadas ao emprego de métodos de estudo ativo e sua percepção de eficiência. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição. Resultados: Foram analisadas 379 respostas. A maioria estava no quinto ao sétimo semestre (53,8%). Cerca de 72% conheciam os métodos ativos de estudo, mas 51,5% não havia recebido orientações sobre o assunto durante a graduação. As técnicas de estudo mais e menos utilizadas foram identificadas, e os alunos possuíam preferência por utilização de técnicas passivas de estudo. Conclusão: Há uma desconexão entre a utilização de técnicas ativas e passivas de estudo. Muitos ainda adotam abordagens menos eficientes (técnicas passivas) e carecem de conhecimento sobre métodos ativos. Conhecer sobre recordação ativa na formação médica poderia permitir maior retenção de conhecimento dos discentes.

Referências

Augustin, M. (2014). How to learn effectively in medical school: test yourself, learn actively, and repeat in intervals. The Yale journal of biology and medicine, 87(2), 207.

Bauler, T. J., Sheakley, M. L., & Ho, A. (2020). Use of the team-based learning readiness assessment test as a low-stakes weekly summative assessment to promote spaced and retrieval-based learning. Medical Science Educator, 30, 605-608.

Bjork, R. A., Dunlosky, J., & Kornell, N. (2013). Self-regulated learning: Beliefs, techniques, and illusions. Annual review of psychology, 64, 417-444.

Deng, F., Gluckstein, J. A., & Larsen, D. P. (2015). Student-directed retrieval practice is a predictor of medical licensing examination performance. Perspectives on medical education, 4, 308-313.

Donker, S. C., Vorstenbosch, M. A., Gerhardus, M. J., & Thijssen, D. H. (2022). Retrieval practice and spaced learning: preventing loss of knowledge in Dutch medical sciences students in an ecologically valid setting. BMC Medical Education, 22(1), 65.

Dunlosky, J., Rawson, K. A., Marsh, E. J., Nathan, M. J., & Willingham, D. T. (2013). Improving students’ learning with effective learning techniques: Promising directions from cognitive and educational psychology. Psychological Science in the Public interest, 14(1), 4-58.

Fiorella, L., & Mayer, R. E. (2016). Eight ways to promote generative learning. Educational Psychology Review, 28, 717-741.

Ghanbari, S., Haghani, F., & Akbarfahimi, M. (2019). Practical points for brain-friendly medical and health sciences teaching. Journal of education and health promotion, 8.

Karpicke, J. D. (2012). Retrieval-based learning: Active retrieval promotes meaningful learning. Current Directions in Psychological Science, 21(3), 157-163.

Karpicke, J. D., & Blunt, J. R. (2011). Retrieval practice produces more learning than elaborative studying with concept mapping. Science, 331(6018), 772-775.

Kornell, N., & Bjork, R. A. (2007). The promise and perils of self-regulated study. Psychonomic bulletin & review, 14(2), 219-224.

McCabe, J. (2011). Metacognitive awareness of learning strategies in undergraduates. Memory & cognition, 39, 462-476.

Niroula, S., & Niroula, A. (2020). Effective way of studying and learning in medical school. JNMA: Journal of the Nepal Medical Association, 58(231), 954.

Radcliffe, C., & Lester, H. (2003). Perceived stress during undergraduate medical training: a qualitative study. Medical education, 37(1), 32-38.

Rea, S. D., Wang, L., Muenks, K., & Yan, V. X. (2022). Students can (mostly) recognize effective learning, so why do they not do it? Journal of Intelligence, 10(4), 127.

Roediger III, H. L., & Karpicke, J. D. (2006). The power of testing memory: Basic research and implications for educational practice. Perspectives on psychological science, 1(3), 181-210.

Roediger III, H. L., Putnam, A. L., & Smith, M. A. (2011). Ten benefits of testing and their applications to educational practice. Psychology of learning and motivation, 55, 1-36.

Siler, J., & Benjamin, A. S. (2020). Long-term inference and memory following retrieval practice. Memory & Cognition, 48, 645-654.

Soderstrom, N. C., & Bjork, R. A. (2015). Learning versus performance: An integrative review. Perspectives on Psychological Science, 10(2), 176-199.

Wollstein, Y., & Jabbour, N. (2022). Spaced Effect Learning and Blunting the Forgetfulness Curve. Ear, Nose & Throat Journal, 101(9_suppl), 42S-46S.

Downloads

Publicado

05/03/2024

Como Citar

ROCHA, C. C. O. E. .; CAMPELO, E. M. L. M. .; ALBUQUERQUE, L. A. G. .; GOMES, G. L. .; BARROS, L. P. C. C. .; PEIXOTO, R. A. C. . Uso de recordação ativa entre estudantes de medicina: Um estudo transversal. Research, Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 3, p. e0513345200, 2024. DOI: 10.33448/rsd-v13i3.45200. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/45200. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Ensino e Ciências Educacionais