Superação da dormência de sementes e crescimento inicial de plântulas de umbuzeiro no submédio do São Francisco

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v13i3.45236

Palavras-chave:

Spondias tuberosa Arruda; Emergência; Corte distal; Giberelina.

Resumo

O umbuzeiro é uma espécie endêmica do semiárido brasileiro, podendo sobreviver e produzir em condições de pouca chuva. Suas sementes apresentam dormência, sendo necessário superá-la para conseguir emergência rápida e uniforme. Objetivou-se analisar técnicas de superação de dormência, em sementes de umbuzeiro que possam aumentar o percentual e reduzir o tempo de emergência e analisar o desenvolvimento inicial das plântulas. Os umbus foram colhidos maduros em Casa Nova/BA, despolpados, os caroços (sementes) foram secos à sombra e armazenados em caixa de papelão por aproximadamente sete meses. Os tratamentos foram: testemunha, corte distal, corte distal mais imersão em água/24h, corte distal mais imersão em GA3 1000µL.L-1 por 24h, imersão das sementes sem corte em água/24h, imersão das sementes sem corte em Ácido Giberélico (GA3) 1000µL.L-1 por 24h e sementes que passaram pelo trato digestivo de ruminantes. As plântulas iniciaram a emergência aos 11 dias após o plantio das sementes que foram tratadas com corte distal e imersão em água por 24h, corte distal e imersão em GA3 por 24h e as que passaram pelo trato digestivo de ruminantes. As sementes testemunhas e as que foram imersas em água e GA3 por 24h apresentaram os maiores índices de velocidade de emergência e percentuais de emergência ficando acima de 90%, para o índice de desenvolvimento de plântulas e o tempo médio de emergência não houve diferença entre os tratamentos. Portanto, as sementes com sete meses de armazenamento conseguem emergir sem passar por qualquer tratamento e o corte distal antecipa a emergência.

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Publicado

25/03/2024

Como Citar

BRITO, A. M. de O. .; ROCHA, A.; SILVA, R. F. da .; NASCIMENTO, A. A. do . Superação da dormência de sementes e crescimento inicial de plântulas de umbuzeiro no submédio do São Francisco. Research, Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 3, p. e9813345236, 2024. DOI: 10.33448/rsd-v13i3.45236. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/45236. Acesso em: 19 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas