Sífilis Congênita: Análise Epidemiológica no Estado do Amapá, 2016 a 2018
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4535Palavras-chave:
Sífilis congênita; Diagnóstico precoce; Infectologia.Resumo
A sífilis é uma doença sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema Pallidum, de caráter sistêmico, e quando não tratada precocemente, pode evoluir para um quadro crônico com sequelas irreversíveis, podendo ser transmitida por via sexual, vertical e raramente via transfusão sanguínea. É classificada como sífilis congênita e adquirida. Objetivo: O objetivo do estudo é fazer uma análise epidemiológica da sífilis congênita no Estado do Amapá no período de 2016 a 2018. Metodologia: A metodologia consiste em um estudo do tipo retrospectivo, com abordagem quantitativa em relação a sífilis congênita no Estado do Amapá. Foi utilizado como fonte de dados secundários o Sistema de Informação do SUS - DATASUS, considerando os casos de sífilis congênita notificados de 01 de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2018. Resultados: Os resultados analisados em relação a sífilis congênita nos municípios do Estado do Amapá, no período de 2016 a 2018, demostraram que foram notificados 214 casos da doença, sendo os municípios de Macapá 70% (150) e Santana 15% (32), são os que mais contribuem. Conclusão: Conclui-se que a sífilis congênita é uma doença cujo manejo deve envolver os profissionais da saúde e o casal na prevenção e tratamento da doença. Haja vista que este estudo demonstrou a necessidade de maior adesão do parceiro no tratamento da sífilis e uma maior sensibilização nas consultas de pré-natal, a fim de fortalecer a participação da mulher e do homem na rotina do pré-natal, principalmente, no 1º e 2º trimestre, de forma a realizar um diagnóstico precoce da doença e impactar na redução dos casos de sífilis congênita no Estado.
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