Hidrolisados de mandioca utilizados como substratos para produção de etanol de segunda geração por Saccharomyces cerevisiae ATCC 26602 imobilizada em esferas de alginato de sódio
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i3.45355Palavras-chave:
Fermentação; Levedura; Hidrólise ácida; Etanol celulósico; Resíduo.Resumo
A mandioca apresenta colocação de destaque na agricultura e na economia brasileira. Durante a produção da farinha é gerado um volume muito grande de resíduos. Uma forma de aproveitamento desses resíduos é através da produção de etanol. Neste âmbito, a presente pesquisa teve como objetivo utilizar resíduos da mandioca como matéria-prima para a produção de etanol. Para isso, utilizou-se ácido sulfúrico nas concentrações de 1,0 a 5,0% durante 5, 10 e 15 minutos de aquecimento em autoclave. A fermentação foi realizada por Saccharomyces cerevisiae ATCC 26602, e para alcançar um melhor desempenho, foi imobilizada em esferas de alginato de sódio, a partir disso. A produção de etanol também foi estimada utilizando meio sintético adicionado de glicose que serviu como padrão de comparação. Os resultados do experimento mostraram que a maior concentração de açúcares redutores obtida pela hidrólise do resíduo foi com a utilização de 2,0% de H2SO4 com 15 min. de aquecimento a 121 ºC, liberando 56,26 g/L de açúcares redutores. Os parâmetros utilizados que levaram à maior produção de etanol pela levedura, 7,85 g/L de etanol, foram: pH de 6,5, temperatura de crescimento de 30 °C, sem agitação. Os resultados mostraram que resíduos de mandioca podem ser utilizados como um substrato potencial para a produção de etanol. Assim, este trabalho apresenta dados sobre as condições mais adequadas para o aproveitamento destes rejeitos industriais tendo em vista a geração de energia combustível menos poluente, característica cada vez mais atrativa em um mundo onde as preocupações económicas e ambientais crescem a cada dia.
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