Comparação da eficiência do tratamento de óleo residual de fritura com hipoclorito de sódio e carvão ativado
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i4.45462Palavras-chave:
Óleo residual de fritura; Hipoclorito de sódio; Carvão ativado; Sabão; Biodiesel.Resumo
O Brasil apresenta grande destaque na produção de sementes oleaginosas como a soja, em que grande parte é utilizada para a produção de óleo para fritura de alimentos. A crescente utilização desses óleos traz grande preocupação com o ambiente, já que sua reutilização torna-se mais difícil a cada reaquecimento no processo de fritura. Pesquisas apontam que um litro de óleo residual de fritura (ORF), despejado em corpos hídricos, contamina cerca de vinte mil litros de água e uma forma de minimizar este impacto ambiental é reciclar o ORF para a produção de produtos derivados como sabão e biodiesel. O trabalho teve como objetivo o tratamento do ORF com métodos de clarificação convencionais, como o tratamento com hipoclorito de sódio (NaClO), carvão ativado (CA) e os dois tratamentos combinados para avaliar os parâmetros de umidade, índice de acidez, índice de saponificação (IS) e matéria insaponificável (MIns) do resíduo tratado e ainda realizar a melhor forma de descarte do efluente gerado no tratamento com NaClO. Conclui-se que os tratamentos empregados, apesar de serem métodos de clarificação, também são eficientes na melhoria dos parâmetros citados e podem conferir melhor qualidade geral ao ORF. Entre as amostras analisadas, verificou-se que a melhor forma de tratamento, em termos de ganho de qualidade, foi o tratamento combinado, com NaClO e CA, que proporcionou redução de todos os parâmetros avaliados conferindo qualidade para o ORF e, consequentemente, um possível ganho de qualidade para o produto derivado possível de ser fabricado.
Referências
Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 49 de 22 de Dezembro de 2006. Aprovar o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade dos Óleos Vegetais Refinados; a Amostragem; os Procedimentos Complementares; e o Roteiro de Classificação de Óleos Vegetais Refinados. Brasília.
Christoff, P. (2006). Produção de biodiesel a partir do óleo residual de fritura comercial. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento de Tecnologia) – Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento - LACTEC, Instituto de Engenharia do Paraná, Curitiba.
Dib, F. H. (2010). Produção de biodiesel a partir de óleo residual reciclado e realização de testes comparativos com outros tipos de biodiesel e proporções de mistura em um moto-gerador. 118 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) - Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira da Universidade Estadual Paulista.
Ducles, O. (2022). Impacto do óleo residual de fritura e a sua valorização para a indústria. 66f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Química) - Universidade Federal de Integração Latino-Americana, Foz do Iguaçu.
Fiatkoski, M. V. et al. (2020, 02 a 04 Dezembro). Proposta de sistema de logística reversa de óleo de cozinha residual em centro urbano: estudo de caso em um bairro no município de Curitiba – PR. [Apresentação de Resumo]. X Congresso de Brasileiro de Engenharia de Produção. https://aprepro.org.br/conbrepro/2020/anais/arquivos/10082020_201000_5f7fa698858f2.pdf
Gonçalves, B. J. A., & Figueiredo, K. C. S. (2020). Adsorção de ácido acético em carvão ativado para o ensino de adsorção. The Journal of Engineering and Exact Sciences, 6(5). 10.18540/jcecvl6iss5pp0704-0708
Gil, A. C. (2017). Como elaborar projetos de pesquisa. (6a ed). Atlas
Justino, A et al. (2011). A engenharia de produzir sabonetes com óleo vegetal: uma produção sustentável. E-xacta, 4(2), 19-28. http://dx.doi.org/10.18674/exacta.v4i2.310
Köche, J. C. (2011). Fundamentos de metodologia científica. Vozes.
Liszbinsk, B et al. (2021). Produção de soja: perspectivas sociais e ambientais a partir do olhar do produtor. Geosul, 36(79), 347-371. https://doi.org/10.5007/2177-5230.2021.e74515
Moretto, E., & Fett, R. (1998). Tecnologia de óleos e gorduras vegetais na indústria de alimentos. Varela Editora e Livraria Ltda.
Neto, P., & Freitas, R. (1996). Purificação de óleo de fritura. Boletim do CEPPA, 14(2), 163-170. https://revistas.ufpr.br/alimentos/article/download/14226/9550
Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM.
Rangel, K. N. (2021). Ludicidade e ctsa no ensino médio: uma abordagem dos jogos educativos como mediador e divulgador da coleta e reciclagem do óleo residual de fritura. 59f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Licenciatura em Química) - Instituto Federal do Espírito Santo, Vila Velha.
Ramirez, I. H. A. (2014). Reaproveitamento de óleo residual de cozinha como alternativa no Ensino em Química. 35f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Química) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande.
Schneider, L. T. (2017). Casca de arroz como agente adsorvente no tratamento de óleo residual. 96 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Energia na Agricultura) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus Cascavel.
Sousa, G. C. M. et al. (2021). Aplicações do óleo residual de fritura visando à mitigação de impactos ambientais: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, 8(20), 1441-1457. https://doi.org/10.21438/rbgas(2021)082012
Verdélio, A. (2023). Mistura de biodiesel ao diesel passa a ser de 12% a partir de abril. Agência Brasil, Brasília. https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-03/mistura-de-biodiesel-ao-diesel-passa-ser-de-12-partir-de-abril
Vicali, J. da S. O. (2013). Qualidade de óleo de soja refinado embalado em PET (Polietileno Tereftalato) armazenado na presença e ausência de luz. 68 f. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia) - Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande.
Zenebon, O., Pascuet, N. S., & Tiglea, P. (2008). Métodos físico-químicos para análise de alimentos. (4a ed.). Instituto Adolfo Lutz.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Gabriel de Freitas Lopes; Juliana Gomes Rosa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.