Nível de informação dos acadêmicos de odontologia e cirurgiões-dentistas sobre a prescrição medicamentosa em um município paraibano, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4573Palavras-chave:
Prescrição de medicamentos; Conhecimento; Cirurgião Dentista; Estudantes de Odontologia; Ensino.Resumo
Objetivo: Analisar o conhecimento e a segurança de cirurgiões-dentistas e de acadêmicos de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), no que diz respeito aos aspectos éticos, legais e farmacológicos de uma adequada prescrição medicamentosa na prática clínica. Métodos: A amostra (N=56) foi avaliada através da aplicação de um questionário dividido em três blocos que abrangem a percepção sobre a disciplina de Terapêutica ou Farmacologia, legislação e regras vigentes sobre prescrição e as indicações medicamentosas propriamente ditas em Odontologia. Os dados foram analisados de forma descritiva e através do teste de regressão logística multivariada. Resultados: Dos participantes, 89,3% disseram que a duração da disciplina não foi suficiente para se sentirem seguros para prescrever; 53,6% acreditam que ela não foi ministrada no momento correto da graduação. Entre os grupos, apenas 6,6% dos acadêmicos reconheceram os hipoglicemiantes orais como os únicos medicamentos que não podem ser prescritos pelo cirurgião-dentista, enquanto 30% dos profissionais o fizeram (p=0,040)., denotando que estes tem 6,9 vezes mais chance de acertar do que os acadêmicos (IC 95%: 0,023 – 0,915). Sugerindo a situação hipotética de um idoso etilista e hepatopata necessitar de analgésico e ser contraindicado o paracetamol, 69,5% dos acadêmicos disseram poder ser prescrito e apenas 20% dos profissionais assim disseram (p=0,009), denotando que estes tem 9,43 mais chances de responder corretamente do que os primeiros (IC 95%:0,020-0,573). Conclusões: Os dentistas obtiveram um percentual de acerto superior aos acadêmicos. Sugere-se, desta forma, a necessidade de reavaliação quanto ao ensino da Terapêutica Odontológica.
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