Cacau (Theobroma cacao): Uma visão geral de pesquisas atuais sobre os aspectos botânicos, fitoquímicos e farmacológicos
Palavras-chave:
Cacau; Compostos fitoquímicos; Polifenóis.Resumo
Objetivos: Evidenciar compostos fitoquímicos presentes no cacau e correlacioná-los com as atividades farmacológicas da espécie vegetal. Devido a sua ampla utilização e ao seu potencial terapêutico, esta espécie foi investigada, produzindo dados que foram organizados e dispostos nesta revisão, a fim de fornecer uma visão geral de diferentes aspectos do Theobroma cacao. Metodologia: Consiste em uma revisão integrativa de literatura para analisar artigos publicados entre 2014 a 2024 encontrados nas bases de dados virtuais: National Library of Medicine (PubMed), ScienceDirect, Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) utilizando os descritores em inglês e português: “Theobroma cacao, Uso tradicional, Botânica, Composição química, Atividade farmacológica’’ e suas combinações, refinando os achados com operador booleano AND e OR. Resultados: No período da busca inicial foram encontrados 2.887 artigos, sendo 123 destas publicações potencialmente elegíveis de acordo com os critérios de inclusão e exclusão adotados na revista, após a leitura dos resumos restaram 35 e desses apenas 4 artigos foram selecionados para análise. Sendo assim, os artigos evidenciaram que a espécie T. cacao é rica em polifenóis e metilxantinas que possuem capacidade antimicrobiana, antioxidante e cognitiva. Assim, o entendimento desses aspectos pode abrir novas perspectivas para o desenvolvimento de intervenções dietéticas e farmacológicas destinadas a prevenir ou tratar distúrbios neurodegenerativos e melhorar a qualidade de vida em geral.
Referências
Bardón Centurión, N. I. (2017). Selección de cacaos (Theobroma cacao L.) según índice de teobromina–cafeína, determinación de metilxantinas, catequinas en grano fresco, fermentado, seco, licor y análisis sensorial del licor. https://hdl.handle.net/20.500.14292/1266
Bartella, L., Di Donna, L., Napoli, A., Siciliano, C., Sindona, G., & Mazzotti, F. (2019). A rapid method for the assay of methylxanthines alkaloids: Theobromine, theophylline and caffeine, in cocoa products and drugs by paper spray tandem mass spectrometry. Food chemistry, 278, 261-266. https://doi.org/10.1016/j.foodchem.2018.11.072
Cerri, M., Reale, L., & Zadra, C. (2019). Armazenamento de metabólitos em sementes de Theobroma cacao L.: Análises cito-histológicas e fitoquímicas. Fronteiras em fitotecnia, 10, 454587. https://doi.org/10.3389/fpls.2019.01599
Chavez Aguilar, C. P., & Vila Castro, J. L. Evaluación preliminar de las cáscaras de cacao como una fuente de materia prima en la Industria Cosmética (Theobroma cacao) (Doctoral dissertation). http://repositorio.umsa.bo/xmlui/handle/123456789/16313
De Souza, P. A., Moreira, L. F., Sarmento, D. H., & da Costa, F. B. (2018). Cacao—Theobroma cacao. In Exotic fruits (pp. 69-76). Academic Press. https://doi.org/10.1016/B978-0-12-803138-4.00010-1
Decroix, Lieselot et al. (2017). Acute cocoa Flavanols intake has minimal effects on exercise-induced oxidative stress and nitric oxide production in healthy cyclists: a randomized controlled trial. Journal of the International Society of Sports Nutrition, 14(1), 28. https://doi.org/ 10.1186/s12970-017-0186-7
Grases, F., Rodriguez, A., & Costa-Bauza, A. (2014). Theobromine inhibits uric acid crystallization. A potential application in the treatment of uric acid nephrolithiasis. PloS one, 9(10), e111184. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0111184
Hu, S., Kim, B. Y., & Baik, M. Y. (2016). Physicochemical properties and antioxidant capacity of raw, roasted and puffed cacao beans. Food chemistry, 194, 1089-1094. https://doi.org/10.1016/j.foodchem.2015.08.126
IBGE. Instituto Nacional de Geografia e Estatística. (2022). Consultado a 20 de 03 de 2023. https://www.ibge.gov.br/explica/producao-agropecuaria/cacau/pa.
INSTITUTO AGRONÔMICO DO NORTE (1949). Boletim técnico do Instituto Agronômico do Norte. O Instituto.
Jean-Marie, E., Jiang, W., Bereau, D., & Robinson, J. C. (2022). Theobroma cacao and Theobroma grandiflorum: Botany, Composition and Pharmacological Activities of Pods and Seeds. Foods, 11(24), 3966. https://doi.org/10.3390/foods11243966
Kothe, L., Zimmermann, B. F., & Galensa, R. (2013). Temperature influences epimerization and composition of flavanol monomers, dimers and trimers during cocoa bean roasting. Food chemistry, 141(4), 3656-3663.DOI: 10.1016/j.foodchem.2013.06.049
Lagouri, V., Prasianaki, D., & Krysta, F. (2014). Antioxidant properties and phenolic composition of Greek propolis extracts. International Journal of Food Properties, 17(3), 511-522. https://doi.org/10.1080/10942912.2012.654561
Lawal, T. O., Olorunnipa, T. A., & Adeniyi, B. A. (2014). Susceptibility testing and bactericidal activities of Theobroma cacao Linn.(cocoa) on Helicobacter pylori in an in vitro study. Journal of herbal medicine, 4(4), 201-207. https://doi.org/10.1016/j.hermed.2014.09.004
Martín, M. A., Goya, L., & de Pascual-Teresa, S. (2020). Effect of cocoa and cocoa products on cognitive performance in young adults. Nutrients, 12(12), 3691. doi: 10.3390/nu12123691
Mastroiacovo, D., Kwik-Uribe, C., Grassi, D., Necozione, S., Raffaele, A., Pistacchio, L., ... & Desideri, G. (2015). Cocoa flavanol consumption improves cognitive function, blood pressure control, and metabolic profile in elderly subjects: the Cocoa, Cognition, and Aging (CoCoA) Study—a randomized controlled trial. The American journal of clinical nutrition, 101(3), 538-548. https://doi.org/10.3945/ajcn.114.092189
Ministério da Agricultura e Pecuária. CEPLAC - Comissão Executiva do Plano de Lavoura Cacaueira. (2023). Consultado a 20 de 03 de 2023. https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/ceplac.
Oracz, J., & Nebesny, E. (2016). Antioxidant properties of cocoa beans (Theobroma cacao L.): influence of cultivar and roasting conditions. International journal of food properties, 19(6), 1242-1258. https://doi.org/10.1080/10942912.2015.1071840
Oracz, J., Zyzelewicz, D., & Nebesny, E. (2015). The content of polyphenolic compounds in cocoa beans (Theobroma cacao L.), depending on variety, growing region, and processing operations: A review. Critical reviews in food science and nutrition, 55(9), 1176-1192.https://doi.org/10.1080/10408398.2012.686934
Pinto, F. C. (2013) Fertilidade do solo e partição de nutrientes em cacaueiros. [Dissertação de Mestrado não publicada]. Universidade Estadual de Santa Cruz.
Ramôa, a. g. a. (2011). Comportamento cinético de compostos polifenólicos e enzimas oxidativas na fermentação de cacau da Amazônia. [Dissertação mestrado em tecnologia em alimentos]. Universidade Federal do Pará, UFPA, Belém.
Ramos-Escudero, F., Casimiro-Gonzales, S., Fernández-Prior, Á., Chávez, K. C., Gómez-Mendoza, J., de la Fuente-Carmelino, L., & Muñoz, A. M. (2021). Colour, fatty acids, bioactive compounds, and total antioxidant capacity in commercial cocoa beans (Theobroma cacao L.). LWT, 147, 111629. https://doi.org/10.1016/j.lwt.2021.111629
Santos, RX et al. Atividade antimicrobiana do extrato fermentado da casca da vagem de cacau Theobroma. Genética e pesquisa molecular, 13(3), 7725-7735, 2014. https://dx.doi.org/10.4238/2014.September.26.10
Silva, R. P. (2022). Produção e desenvolvimento de creme hidratante a partir de extratos vegetais de cacau (Theobroma cacao) e da amora (Morus nigra). http://repositorio.ifg.edu.br:8080/handle/prefix/1020
Soares, A., Dorlivete, P., Shitsuka, M., Parreira, F., & Shitsuka, R. (n.d.). Metodologia da pesquisa científicA. https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Tuenter, E., Foubert, K., & Pieters, L. (2018). Mood components in cocoa and chocolate: the mood pyramid. Planta medica, 84(12/13), 839-844.DOIhttps://doi.org/10.1055/a-0588-5534
Takahashi, T., Taguchi, H., Yamaguchi, H., Osaki, T., Sato, S., Kamei, M., ... & Kamiya, S. (1999). Antibacterial effects of cacao mass on enterohemorrhagic Escherichia coli O157: H7. Kansenshogaku zasshi. The Journal of the Japanese Association for Infectious Diseases, 73(7), 694-701. DOIhttps://doi.org/10.11150/kansenshogakuzasshi1970.73.694
Vinson, J. A., Proch, J., Bose, P., Muchler, S., Taffera, P., Shuta, D., ... & Agbor, G. A. (2006). Chocolate is a powerful ex vivo and in vivo antioxidant, an antiatherosclerotic agent in an animal model, and a significant contributor to antioxidants in the European and American diets. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 54(21), 8071-8076.DOIhttps://doi.org/10.1021/jf062175j
Paolino, V. J., & Kashket, S. (1985). Inhibition by cocoa extracts of biosynthesis of extracellular polysaccharide by human oral bacteria. Archives of oral biology, 30(4), 359-363.DOIhttps://doi.org/10.1016/0003-9969(85)90011-1
Fapohunda, S.O., & Afolayan, A.O. (2012). Fermentation of Cocoa Beans and Antimicrobial Potentials of the pod Husk Phytochemicals.
Ferrazzano, G. F., Amato, I., Ingenito, A., De Natale, A., & Pollio, A. (2009). Anti-cariogenic effects of polyphenols from plant stimulant beverages (cocoa, coffee, tea). Fitoterapia, 80(5), 255-262.DOIhttps://doi.org/10.1016/j.fitote.2009.04.006
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Elizabete Lobato Galvão; Juliane Virginio Silvestre; Jorddy Neves Cruz; Natasha Cristina Silva da Silva

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.