O ruído na unidade de terapia intensiva adulto na perspectiva de profissionais da saúde
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i7.45912Palavras-chave:
Ruído ocupacional; Fonoaudiologia; Monitoramento do ruído.Resumo
Introdução: O ruído é conhecido como um som desagradável e de forte intensidade; na atualidade é um dos maiores fatores para a Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados (PAINPSE), podendo também gerar impactos para a saúde do ser humano, como estresse, delirium, ansiedade e Síndrome de Burnout. A Fonoaudiologia realiza a identificação dessa perda auditiva precocemente por meio de exames, além de orientações sobre os prejuízos já conhecidos como o ruído, entre outros. Objetivo: Investigar a mensuração do ruído e descrever a percepção dos profissionais de saúde de uma unidade de terapia intensiva (UTI) adulto acerca do ruído em seu ambiente de trabalho em um hospital escola. Metodologia: Caracteriza-se como uma pesquisa de campo transversal descritiva de cunho quantitativo e qualitativo. A casuística foi composta por 54 voluntários de ambos os sexos, pertencentes à unidade de terapia intensiva de um hospital escola na cidade de Cascavel-Pr. Resultados: Os níveis de ruído nas UTI demonstram-se elevados e as principais fontes geradoras de ruído foram os equipamentos (monitores, bombas, ventiladores e respectivos alarmes) além da comunicação entre a equipe. Os ruídos foram relatados como responsáveis por maiores níveis de estresse, ansiedade, exaustão emocional e alterações nas funções cognitivas. Conclusão: O estudo apontou que é de fundamental importância a presença do fonoaudiólogo para a saúde auditiva dos trabalhadores, sendo relevante a manutenção de um ambiente saudável durante o turno de trabalho, evitando, assim, agravos à saúde do trabalhador; fica evidenciada a necessidade de projetos que visem uma política de silêncio e a construção de conhecimento junto à equipe interdisciplinar.
Referências
Andrade, K. P., Oliveira, L. L. A., Souza, R. P. & Matos, I. M. (2016). Medida do nível de ruído hospitalar e seus efeitos em funcionários a partir do relato de queixas. Revista CEFAC. 18 (6), 1379-1388. https://doi.org/10.1590/1982-0216201618619815.
Aurélio, F. S. (2009). Ruído em Unidade de Terapia Intensiva neonatal. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana. http://jararaca.ufsm.br/websites/ppgdch/download/dis.2009/FernandaA.pdf
Barrietos, M. C., Lendrum, D. C. & Steeland, K. (2004). Occupational noise Assessing the burden of disease from work-related hearing impairment at national and local levels Organização Mundial da Saúde, https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/43001/9241591927.pdf.
Blomkvist, V., Eriksen, C. A., Theorell, T., Ulrich, R. & Rasmanis G. (2005). Acoustics and psychosocial environment in intensive coronary care. Eletronic Paper. Occup EnvironMed. 62.10.1136/oem.2004.017632. Disponível em: http://www.occenvmed.com/cgi/content/full/62/3/el.
BRASIL. (2020). Ministério da saúde. Anvisa. Agência nacional de vigilância sanitária. Segurança no ambiente hospitalar. 2020. https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/publicacoes/seguranca-no-ambiente-hospitalar.pdf/view.
Chistofel, H. K., Madeiras, J. G., Bestolini, S. M. M. G. & Oliveira, J. M. (2016). Noise level analysis in adult intensive care unit. Revista Rene. 7(4), 553-560. https://doi.org/10.15253/2175-6783.2016000400016.
Costa, S. S., Cruz, L. M & Oliveira, J. A. A. (1994). Otorrinolaringologia- Princípios e Prática. Ed. Artes Médicas. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/sms-4418.
Cordeiro, R., Clementea, A. P. G., Diniz, C. S. & Dias, A. (2005). Exposição ao ruído ocupacional como fator de risco para acidentes de trabalho. Revista de Saúde Pública. 39 (3), 461-466. https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000300018.
Duarte, S. T., Matos, M.; Tozo, T. C., Toso, L. C., Tomiasi, A. A. & Duarte, P. A. D. (2012). Praticando o silêncio: intervenção educativa para a redução do ruído em Unidade de Terapia Intensiva. Revista Bras. Enferm. 65 (2), 285-290. https://www.scielo.br/j/reben/a/dStqhcMtggmhhkbZxMwqM9m/?lang=pt#.
Filus, W. A., Sampaio, J. M. R., Albizu, E. J., Marques, J. M. & Lacerda, A. B. M. (2018). Percepção de equipes de trabalho sobre o ruído em pronto-socorro. Audiology Communication Research. 23. https://doi.org/10.1590/2317-6431-2018-2014.
Filus, W. A., Pivatto, L. F., Fontoura, F. P., Koga, M. R, V., Albizu, E. J., Soares, V. M. N., Lacerda, A. B. M. & Gonçalves, C. G. O. (2014). Ruído e seus impactos nos hospitais brasileiros: uma revisão de literatura. Revista CEFAC. 16 (1), 307-317. https://doi.org/10.1590/1982-021620140412.
Gerges, S. (1991). Efeito do ruído e vibrações no homem. Ruído e vibrações industriais, fundamentos e controles. Florianópolis: Samir, 1991.
Heidemann A. M., Cândido, A. P. L., Kosourl, C., Costa, A. R. O. & Dragosavac, D. (2011). Influência do nível de ruídos na percepção do estresse em pacientes cardíacos. Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 23 (1), 62-67. https://doi.org/10.1590/S0103-507X2011000100011.
IBAMA. Programa Silêncio. (2016). http://www.ibama.gov.br/emissoes/ruidos/programa-silencio.
Lacerda, A. (1976). Audiologia Clínica. Ed. Guanabara. 1976.
Macedo, I. S. C., Mateus, D. C., Costa, E. M. G. C., Asprino, A. C. L. & Lourenço, E. A. (2009). Avaliação do ruído em Unidades de Terapia Intensiva. Braz. J. Otorhinolaryngol, 75 (6), 844-846. http://www.bjorl.org.br.
Marques, F. P. C & Costa, E. A. (2006). Exposição ao ruído ocupacional: alterações no exame de emissões otoacústicas. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. 72 (3), 362-366. https://doi.org/10.1590/S0034-72992006000300011.
Muniz, L. M. N. & Stroppa, M. A.(2009). Desconfortos dos pacientes internados na UTI, quanto a poluição sonora. Revista de Administração Hospitalar e Inovação em Saúde.
Otenio M. H., Cremer, E. & Claro, E. M. T. (2007). Intensidade de ruído em hospital de 222 leitos na 18ª Regional de Saúde - PR. Cornélio Procópio, PR. Rev Bras Otorrinolaringol. 73 (2), 245-250. https://doi.org/10.1590/S0034-72992007000200016.
Pereira, A. S., Shitsuk, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. https://biblioteca.unisced.edu.mz/bitstream/123456789/1532/1/Metodologia-da-Pesquisa-Cientifica_final.pdf
Souza, L. A., Oliveira, B. G. C. C., Arruda, I. A. D., Silva; L. F. F. R. & Almeida, C. G. (2021). Impactos dos ruídos na recuperação do paciente crítico e rotina do enfermeiro na unidade de terapia intensiva: revisão integrativa. Medicus. 3 (1), 20-27. http://doi.org/10.6008/CBPC2674-6484.2021.001.0003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Geovana Finco da Silva; Ana Alice Meneses
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.