Análise do conhecimento dos médicos da Atenção Primária sobre o rastreamento do câncer colorretal
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i12.46140Palavras-chave:
Neoplasias Colorretais; Programas de Rastreamento; Atenção Primária à Saúde.Resumo
Câncer Colorretal (CCR) é uma das neoplasias mais prevalentes no Brasil. A história natural dessa neoplasia é bem consolidada. As lesões benignas inicialmente não causam sintomas e levam em média 10 anos para se transformarem em lesão maligna, fazendo com que o CCR seja um alvo ideal para programas de rastreamento e profilaxia. O objetivo geral é avaliar o conhecimento dos médicos das Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Teresina sobre o rastreamento do CCR, e se eles sugerem os exames preventivos aos pacientes. Esse artigo, tratou-se de um estudo quantitativo e qualitativo transversal, da avaliação do conhecimento de médicos da Estratégia Saúde da Família (ESF) sobre o rastreio do CCR. A pesquisa foi respondida por 167 médicos, 128 (76,6%) desses julgam possuir conhecimento para rastrear o CCR, 70,7% dos médicos alegaram não solicitar rastreamento por conta da indisponibilidade da colonoscopia. Por fim, concluiu-se, que a ausência da colonoscopia não justifica a não realização do rastreamento, pois a pesquisa de sangue oculto fecal (PSOF) é um método de triagem presente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Com relação a resistência dos pacientes e a longa fila para conseguir realizar os exames, deve-se realizar campanhas para conscientização para a população e de disponibilizar meios mais ágeis para a realização da triagem. Por fim, os resultados da pesquisa apontam para a necessidade de divulgação dessa temática para a população médica, a fim de aumentar a porcentagem de médicos que fazem o rastreamento e atenuar a morbimortalidade pelo CCR.
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