Avaliação da capacidade retentiva de metais tóxicos provenientes de indústrias de galvanoplastia utilizando matrizes cerâmicas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4616Palavras-chave:
Lodo galvânico; Cerâmica; Lixiviação.Resumo
O uso de argilas na remoção de metais tóxicos presentes em corpos hídricos vem sendo testados por inúmeros pesquisadores. Todavia há uma necessidade de dar uma destinação a esse tipo de material após o seu uso como adsorvente. Uma opção para uma eficiente destinação deste material seria a incorporação dos mesmos na constituição das misturas argilosas constituintes de cerâmicas. Objetivou-se verificar a capacidade de remoção de íons metálicos Cu(II) e Ni(II) a partir de matrizes cerâmicas. Foram avaliadas a capacidade de retenção dos íons metálicos nas estruturas das cerâmicas e as propriedades mecânicas das mesmas após a incorporação do lodo galvânico e do efluente contaminado com os metais tóxicos. Estudos de lixiviação foram feitos sobre as peças cerâmicas para avaliar a possível liberação dos íons metálicos ao meio ambiente. Os resultados apresentados para os aspectos mecânicos das peças cerâmicas mostraram que a incorporação do lodo galvânico, bem como do efluente liquido não comprometeram as propriedades mecânicas de resistência das peças produzidas. Sobre os aspectos referentes à lixiviação os resultados mostraram que em determinadas condições não liberação de níquel ou cobre. Os resultados experimentais mostraram que a lixiviação em meio básico e no meio ácido, não houve liberação dos metais nas amostras umedecidas com o efluente, mas houve a liberação de níquel na concentração de 10% da amostra com lodo galvânico e a liberação de cobre nas concentrações de 6%, 8%, 10% das amostras com lodo galvânico. Em todos os ensaios não houve liberação dos dois íons em meio neutro.
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