Cobertura vacinal da Tríplice Viral e da Tetraviral na região Norte do Brasil: Uma análise de tendência temporal
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i7.46165Palavras-chave:
Cobertura vacinal; Vacina contra Sarampo-Caxumba-Rubéola; Vacina contra Varicela.Resumo
O estudo objetiva identificar a tendência temporal da cobertura vacinal (CV) da Tríplice Viral e da Tetraviral na região Norte do Brasil, no período de 2013 a 2023. Estudo ecológico de série temporal, retrospectivo e quantitativo, com dados do SI-PNI, analisados por meio dos programas Microsoft Excel, BioEstat e Stata, para testar a relação da CV conforme os estados da região Norte, durante o período estudado. As CVs da D1 e D2 da Tríplice e da Tetraviral da região Norte de 2013 a 2023 oscilaram, sendo 2014 o ano com as maiores taxas. O ano de 2023 teve as menores CVs, e o menor índice foi em 2021 para a Tetraviral. O estado de maior CV no período foi Rondônia (79%), enquanto o de menor foi o Pará (54,97%). A variância das CVs entre os estados foi significativa pelo teste ANOVA. A tendência temporal observada foi decrescente. Possíveis causas para isto incluem a escassez de vacinas e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde no estado do Pará. Disparidades interestaduais são notáveis: Rondônia e Tocantins têm as maiores CVs, e Pará e Acre as menores. A análise temporal indica queda acentuada em 2020, atribuída a mudanças políticas impactantes. A imigração venezuelana também contribuiu para surtos de doenças devido à baixa CV no país de origem. Por fim, é importante abordar a negligência histórica e a necessidade de mobilização nas esferas municipal, estadual e federal para enfrentar o problema de imunização na região e em todo o país.
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