O impacto do uso de telas digitais no desenvolvimento cognitivo infantil: Uma revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i7.46285Palavras-chave:
Tecnologia digital; Tecnologia educacional; Ensino; Desenvolvimento infantil; Comportamento infantil.Resumo
Introdução: É inegável a grande participação de tecnologias em diversas áreas da vida cotidiana, e continuamente essas tecnologias são apresentadas precocemente às crianças, principalmente na fase inicial do desenvolvimento. Esse período é reconhecido como o de maior maleabilidade cerebral, que permite favorecimento da aprendizagem por meio de estímulos externos e o desenvolvimento de diversas habilidades. Nesse sentido, destaca-se que o uso excessivo e desregrado de telas, é elencado como fator de risco para interferências no aprimoramento neuropsicomotor. Objetivo: Descrever as consequências do uso de telas digitais para o desenvolvimento cognitivo infantil. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura dos últimos 10 anos, nas plataformas: Scielo, Lilacs e MEDLINE. Revisão de literatura: O uso desregrado das tecnologias afeta as crianças, e apresenta evidente impacto no desenvolvimento cognitivo na infância, como deficiências intelectuais, déficit de atenção, dificuldades na fala, complicações psicológicas, como a depressão e ansiedade. Além disso, pode estar relacionado ao aumento dos casos de obesidade infantil, deficiências nutricionais, alterações metabólicas e distúrbios do sono. O uso de telas foi positivo para o desenvolvimento infantil quando utilizado para atividades lúdicas e aprendizado ativo. Conclusões: A utilização, em excesso, das telas digitais pode acarretar diversas consequências no desenvolvimento neuropsicomotor, além de prejudicar a saúde física e mental, aumentando a probabilidade de sedentarismo infantil e de não desenvolvimento de habilidades motoras e comunicativas. Logo, pode contribuir para o surgimento de doenças como obesidade e depressão.
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