As implicações do uso terapêutico de liraglutida em pacientes diabéticos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i8.46569Palavras-chave:
Liraglutide; Diabetes Mellitus; Terapia farmacológica.Resumo
O Diabetes Mellitus (DM) consite em uma doença multifatorial, entre eles a resistência periférica, associada a maiores índices de hospitalizações, incidência de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, cegueira, insuficiência renal e amputações não traumáticas. Estima-se que a população mundial doente deverá atingir 471 milhões em 2035. O objetivo do presente artigo é apresentar um estudo de revisão bibliográfica que busca elucidar o uso terapêutico de liraglutida no tratamento de DM, considerando mecanismos de ação na fisiologia da doença e discutindo os impactos fisiológicos do uso de liraglutida no organismo. Trata-se de uma revisão narrativa realizada nas base de dados PUBMED e SciELO de revisões sistemáticas e matanálises no período de 2010 a 2024, a partir das palavras-chave: “Liraglutide”; “Diabetes Mellitus”; “Drug Therapy”, com texto completo gratuito que atenda a temática buscada. A liraglutida é um fármaco incretinomiméticos, que aumenta a secreção de insulina pelas células beta-pancreáticas, diminui a secreção de glucagon, retarda o esvaziamento gástrico e diminui o apetite. Além do controle glicêmico, a liraglutida tem um efeito significativo na redução de peso corporal. A segurança a longo prazo da liraglutida quanto a associação com neoplasias é relatada como rara e continua sendo estudada. Depreende-se, portanto, que os análogos do GLP-1 têm um papel multifacetado no tratamento do DM2, apesar do otimismo, novos estudos são aguardados para descartar implicações desfavoráveis a saúde humana.
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