Concepções de profissionais de saúde que atuam em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto sobre a visita aberta e o direito a acompanhante

Resumo

Objetivo: analisar a concepção dos profissionais de saúde que atuam em UTI adulto sobre a visita aberta a luz da Política Nacional de Humanização (PNH) do SUS. Metodologia: estudo qualitativo, exploratório e descritivo, operacionalizado através da técnica de amostragem snowball e de entrevista semiestruturada, conforme traz Minayo. Foram entrevistados 13 profissionais de saúde atuantes em UTI adulto de um município baiano. Resultados e discussão: Através da análise das concepções dos profissionais evidenciou-se questões relevantes sobre a temática, como a percepção por parte dos profissionais da presença da família na UTI, o papel desta no tratamento do paciente, limites para implementação da proposta da UTI, bem como, a relação equipe-família. Considerações finais: Foi percebido que o conhecimento e a compreensão sobre a proposta da PNH ainda é algo distante da realidade de atuação profissional em UTI, parte disso se deve a dificultadores como, por exemplo, a falta de infraestrutura dos hospitais que contribui para a manutenção de práticas cristalizadas de cuidado em saúde, entre outros fatores. Assim, percebe-se a necessidade de mudança nos processos de produção de saúde de modo que estejam consonantes com os conceitos de clínica ampliada e ambiência da PNH, promovendo desconstrução de verticalidades nos processos de trabalho e gerando maior autonomia dos usuários e controle social no SUS.