Efetividade das práticas integrativas e complementares na melhoria da qualidade de vida de pacientes oncológicos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i9.46810Palavras-chave:
Dor; Enfermagem; Neoplasias; Terapia complementares.Resumo
A Medicina complementar tem ganhado reconhecimento no Brasil, com o Ministério da Saúde promovendo práticas alternativas como novas abordagens de saúde. Essas práticas oferecem alternativas à medicalização social, considerando a saúde como um estado de bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças. O objetivo das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) é promover o autocuidado e a consciência integral da saúde. Este artigo explora a aplicação das PICs na promoção da saúde de pacientes oncológicos, por meio de uma revisão sistemática da literatura, analisando quatro etapas principais: identificação, seleção, elegibilidade e inclusão. A coleta de dados ocorreu entre abril e maio de 2021 nas bases PubMed, BVS e Web of Science, utilizando descritores como “Pain,” “Neoplasms” e “Complementary Therapies.” Os resultados enfatizam a necessidade de uma abordagem humanística pelos enfermeiros, que devem considerar o universo pessoal dos pacientes oncológicos, focando não apenas nas intervenções biológicas, mas também nos aspectos existenciais. O enfermeiro desempenha um papel crucial na recuperação dos pacientes, valorizando suas emoções e contribuindo para a autoestima. Apesar de as PICs serem incipientes na prática de enfermagem, apresentam um potencial significativo para promover uma assistência integral, aliviando a dor e melhorando a qualidade de vida de pacientes com câncer. O estudo reforça a necessidade de integrar essas práticas no cuidado oncológico, destacando seu valor na humanização do tratamento e na dignidade dos pacientes em todas as fases da doença.
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