Impacto da pandemia de COVID-19 nas infecções relacionadas à assistência à saúde na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i9.46928Palavras-chave:
COVID-19; Infecções por coronavírus; Infecção hospitalar; Unidades de Terapia Intensiva.Resumo
Objetivo: analisar o período pandêmico para obter o conhecimento do impacto das infecções relacionadas à assistência à saúde nas unidades de terapia intensiva e os mecanismos de resistência bacteriana envolvidos. Metodologia: trata-se de um estudo transversal descritivo com delineamento retrospectivo e análise do tipo caso-controle, por meio da coleta de dados do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar e em prontuários eletrônicos de pacientes internados em unidade de terapia intensiva, em um hospital universitário terciário no Sul do Brasil de janeiro de 2019 a dezembro de 2022. Resultados: o estudo analisou 540 prontuários de pacientes de UTI entre 2019 e 2022, com 151 coinfectados e 726 casos de IRAS. A maioria era do sexo masculino, com idade mediana de 61 anos, e hipertensão foi a comorbidade mais comum. As infecções mais frequentes foram pneumonia associada à ventilação (32%) e traqueobronquite (19%). A mortalidade aumentou de 34% (2019) para 51% (2022), e houve crescimento de microrganismos multirresistentes, especialmente gram-negativos. Klebsiella pneumoniae (16%) e Acinetobacter baumannii (15%) foram os microrganismos mais comuns. Conclusão: observou-se o aumento da mortalidade e a maior ocorrência de microrganismos multirresistentes decorreram desse período. Além disso, houve mudança no perfil bacteriano dessas infecções, tendo agora predomínio de microrganismos gram-negativos.
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