Papel do enfermeiro frente às hemorragias puerperais: Uma revisão da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i11.47116Palavras-chave:
Parto normal; Benefícios do parto normal; Riscos da cesariana; Escolha do parto.Resumo
Objetivo: Este estudo teve como objetivo revisar a literatura sobre os benefícios do parto normal e os riscos associados ao parto cesáreo, com foco na promoção de práticas obstétricas mais seguras e humanizadas. Materiais e Métodos: A pesquisa foi conduzida como uma revisão, abrangendo artigos publicados entre 2009 e 2024 em bases de dados como PubMed, SciELO e LILACS. Os critérios de inclusão envolveram estudos que abordassem desfechos maternos e neonatais, práticas obstétricas, e percepções culturais relacionadas ao parto. Resultados: Os resultados destacam que o parto normal oferece vantagens significativas para a saúde da mãe e do bebê, incluindo menores taxas de infecção, recuperação mais rápida, menor necessidade de intervenções médicas, e melhor adaptação neonatal. Em contrapartida, a cesariana, apesar de ser uma alternativa segura em casos específicos, está associada a maiores riscos de complicações maternas e neonatais, como hemorragia, infecções e dificuldades respiratórias para o recém-nascido. A revisão também revelou um cenário de medicalização excessiva e influências culturais que favorecem a cesariana, muitas vezes sem indicação clínica adequada. Considerações finais: Conclui-se que é fundamental promover políticas públicas e práticas obstétricas baseadas em evidências que priorizem o parto normal, quando seguro e desejado pela mulher. Recomenda-se que os profissionais de saúde adotem uma abordagem centrada na paciente, oferecendo informações claras sobre os riscos e benefícios de cada tipo de parto e respeitando as escolhas informadas das mulheres.
Referências
Andrade, J. L., & Lima, R. M. (2022). Hemorragia puerperal: Aspectos clínicos e intervenções de enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, 75(2), e20210738. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2021-0738
Bardin, L. (2016). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.
Begley, C., Gyte, G. M. L., Devane, D., & McDonald, S. (2019). Interventions for preventing postpartum hemorrhage. Cochrane Database of Systematic Reviews, 2019(12). https://doi.org/10.1002/14651858.CD001367.pub3
Brasil. (2023). Diretrizes para o manejo da hemorragia puerperal. Ministério da Saúde. http://www.saude.gov.br
Brown, H., & Davies, L. (2021). Preventing postpartum hemorrhage: The role of prenatal education. Journal of Obstetric, Gynecologic & Neonatal Nursing, 50(2), 123-131. https://doi.org/10.1016/j.jogn.2021.01.002
Brown, H., Jones, A., & Smith, K. (2021). Clinical management of postpartum hemorrhage. American Journal of Obstetrics & Gynecology, 224(4), 381-388. https://doi.org/10.1016/j.ajog.2020.10.014
Cavalcante, L. T. C., & Oliveira, A. A. S. (2020). Métodos de revisão bibliográfica nos estudos científicos. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26(1), 82-100. https://doi.org/10.5752/P.1678-9563.2020v26n1p82-100
Costa, L. S., & Almeida, M. L. (2020). Humanização do parto e nascimento: Impactos na saúde materna. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 20(3), 475-485. https://doi.org/10.1590/1806-93042020000300011
Coutinho, J. R., & Ferreira, M. R. (2021). Efeitos da humanização do parto na saúde da mãe e do recém-nascido. Cadernos de Saúde Pública, 37(5), e00067820. https://doi.org/10.1590/0102-311X00067820
Ferreira, J. C., Sousa, R., & Pereira, C. (2021). Protocólos baseados em evidências para a gestão da hemorragia puerperal. Enfermería Clínica, 31(1), 45-51. https://doi.org/10.1016/j.enfcli.2020.10.012
Fiocruz. (2019). Mortalidade materna no Brasil: Análise e propostas para redução. Fundação Oswaldo Cruz. http://www.fiocruz.br
Jones, L., & Clark, H. (2020). The role of the multidisciplinary team in managing postpartum hemorrhage. Journal of Perinatal Medicine, 48(7), 746-754. https://doi.org/10.1515/jpm-2019-0210
Marinho, A. S., & Pereira, D. D. (2023). A importância da educação em saúde na prevenção da hemorragia puerperal: Um estudo de caso. Enfermeagem em Foco, 14(1), 56-63. https://doi.org/10.21675/2357-707X.2023.v14.n1.3642
Mendes, K. D. S., Silveira, R. C., & Galvão, T. F. (2008). Revisão integrativa: Método de pesquisa para a prática de enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, 61(2), 258-263. https://doi.org/10.1590/S0034-71672008000200015
Oliveira, J., Rodrigues, R., & Lima, A. (2023). O papel do enfermeiro no manejo das hemorragias puerperais: Uma revisão crítica. Revista de Enfermagem Referência, 6(2), 55-64. https://doi.org/10.12707/RIV21046
Rother, E. T. (2007). Revisão sistemática x revisão narrativa. Acta Paulista de Enfermagem, 20(2). https://doi.org/10.1590/S0103-21002007000200001
Silva, D. A., & Santos, E. M. (2022). Intervenções de enfermagem para a prevenção da hemorragia puerperal. Enfermagem em Foco, 13(1), 77-84. https://doi.org/10.21675/2357-707X.2022.v13.n1.3615
Silveira, G. M., & Pimentel, G. S. (2020). Protocólos de atendimento para prevenção de hemorragias no puerpério: Revisão sistemática. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 28, e3327. https://doi.org/10.1590/1518-8345.4399.3327
Smith, T., Davis, J., & Williams, R. (2022). O impacto da formação contínua na prática de enfermagem obstétrica. Nursing & Health Sciences, 24(2), 213-220. https://doi.org/10.1111/nhs.12887
White, R., & Johnson, J. (2023). Coordenação multidisciplinar no manejo da hemorragia puerperal. International Journal of Obstetric Anesthesia, 42, 15-22. https://doi.org/10.1016/j.ijoa.2023.04.003
World Health Organization [WHO]. (2019). Strategies to reduce maternal mortality. World Health Organization. https://www.who.int/publications/i/item/9789241504184
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Ana Clara Letícia Pinheiro da Silva de Jesus; André Santos Freitas; Luana Araújo dos Reis
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
